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Sem Haddad, pré-candidatos avaliam dados sobre SP

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Três pré-candidatos à prefeitura paulistana discutiram na manhã desta quarta-feira em São Paulo os dados de uma pesquisa sobre a percepção dos moradores sobre a cidade, que inclui os Indicadores de Referência de Bem-Estar do Município (Irbem). Participaram Gabriel Chalita (PMDB), Soninha Francine (PPS) e Netinho de Paula (PCdoB). Os partidos que ainda não definiram seus candidatos enviaram representantes. A exceção foi o PSDB, que não enviou ninguém.

O pré-candidato do PT, Fernando Haddad, não compareceu porque o horário era incompatível com o seu exercício no Ministério da Educação. Ele havia confirmado presença anteriormente, pois imaginava, a esta altura, ter deixado o cargo de ministro, o que deve acontecer somente na próxima semana, quando a pasta será assumida por Aloizio Mercadante. Haddad foi representado pelo vereador Antonio Donato, presidente do diretório municipal petista. O Psol e o PV também enviaram representantes.

Primeiro a falar e oposição ao prefeito Gilberto Kassab (PSD), Gabriel Chalita disse que a capital é reprovada por seus habitantes. "O resultado é gravíssimo. Não podemos maquiar os números. Modelo desigual. Essa gestão está desacreditada, com um projeto contrário à maioria da população de São Paulo", disse.

Entre os dados apresentados na pesquisa, 69% não confiam na Câmara dos Vereadores, 64% na prefeitura e 59% nas subprefeituras da capital.

Chalita também fez críticas à ação policial na Cracolândia ao afirmar que os usuários de drogas estão sem opções de tratamento. "Não se combate o uso de drogas dessa maneira", disse.

Netinho de Paula, vereador paulistano, disse ter ficado "deprimido" com a pesquisa. "Estamos na mesma situação de quando eu ainda morava na periferia. Temos uma avaliação ruim nos serviços de transporte público, das escolas públicas, dos hospitais", afirmou. Ele disse também que um dos problemas da cidade é o esvaziamento das subprefeituras, com a centralização de poder por parte do Executivo.

Soninha Francine lembrou que uma pesquisa de percepção precisa ser avaliada com cautela, mas que os dados são preocupantes. "É preciso fazer com que as informações cheguem até o cidadão", disse.