O governador do Acre, Tião Viana (PT), decretou nesta quarta-feira situação de emergência em oito cidades do Estado, incluindo a capital, Rio Branco. Os municípios são abastecidos pelas águas do rio Acre, que enfrenta redução de seu nível em decorrência da estiagem prolongada.
Em fevereiro, a região foi atingida por uma das maiores cheias da história. Na época, o nível do rio Acre chegou a 17,64 m. Agora, de acordo com o governo do Estado, o curso d'água registra 2,08 m. Se a diminuição continuar no ritmo atual, a previsão é que em 15 dias ele alcance a marca histórica do ano passado, quando atingiu 1,50 m.
O superintendente do Departamento de Pavimentação e Abastecimento (Depasa) Felismar Mesquita afirmou que a distribuição de água na cidade de Rio Branco continua normalizada, com as estações trabalhando 24 horas por dia. No entanto, segundo ele, o governo pede que a população tenha consciência do momento difícil e mude seus hábitos de consumo, para que não haja desperdício.
No interior do Estado, o abastecimento é feito por meio de bombas superficiais, e nenhuma cidade está comprometida até agora. O maior risco é em Xapuri e Brasileia, que têm um contingente de moradores maior, dificultando o abastecimento se o rio for atingido por uma seca mais severa. A previsão é que as chuvas no Acre voltem apenas na segunda quinzena de outubro.