Acusado de corrupção passiva (três vezes) e de lavagem de
dinheiro (10 vezes), o ex-secretário do PTB Emerson Palmieri foi defendido na sessão
desta segunda-feira do julgamento do mensalão pelo advogado Itapuã Messias, que
fez sustentação oral na mesma linha da do defensor de Roberto Jefferson, no que
diz respeito à natureza dos recursos que o partido recebeu dos dirigentes do
PT.
Ao refutar as acusações de que Palmieri, como “tesoureiro informal” do PTB. teria intermediado a recepção de “propina” proveniente dos dirigentes do PT, seu defensor afirmou: “Esta denúncia deveria ser concisa, precisa em sua narrativa, clara quanto ao envolvimento de Palmieri. Mas a denúncia é tendenciosa. Pretende ser uma sentença”.
Da mesma forma que o advogado de Jefferson, Itapuã Messias disse que os recursos da ordem de R$ 4 milhões “repassados” ao PTB pelo eram destinados à campanha eleitoral referente ao pleito municipal de 2004, e que seu cliente não teve acesso a esse dinheiro. “Roberto Jefferson disse que recebeu os R$ 4 milhões e nunca negou isso. Pode não ter dito o que fez com o dinheiro, poupando outras pessoas”. Ele também isentou em sua argumentação o ex-deputado (MG) e também réu Romeu Queiroz que, à época em que teriam ocorrido os fatos, pertencia ao PTB.