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Paulo Preto chega ao Senado e diz que é uma ameaça aos incompetentes 

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Ao chegar no Senado, onde presta depoimento nesta quarta-feira na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) mista do Cachoeira, o ex-diretor da Dersa, estatal responsável pelas rodovias em São Paulo, Paulo Viera de Souza, conhecido como Paulo Preto, disse que nada teme e que é uma ameaça aos incompetentes.

"Estou de coração e mente abertos. Não tenho o mínimo motivo para temer absolutamente nada. Sou uma ameaça aos incompetentes. Para os competentes não sou ameaça", afirmou. O ex-dirigente disse que não conhece o alvo da CPI. "Desconheço o senhor Carlos Augusto. Só pelos jornais", disse Preto com relação ao contraventor.

Paulo Vieira disse que não irá se intimidar e antecipou que as decisões partiam do governador. "Todas as empresas eram subordinadas ao governador. Não me sinto intimidado e vou falar a minha versão, que é a verdade", apontou.

Ele é acusado de atuar junto ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), em 2010, em busca de recursos para campanhas tucanas de José Serra à Presidência da República e de Geraldo Alckmin ao governo de São Paulo. A denúncia contra Preto, no entanto, foi esvaziada nesta terça-feira pelo ex-diretor-geral do Dnit Luiz Antônio Pagot. Ele confirmou que o ex-diretor da Dersa o procurou para que assinasse um aditivo de R$ 264 milhões para a conclusão do trecho sul do Rodoanel de São Paulo, mas negou ter dito que o dinheiro seria desviado para as campanhas eleitorais. Pagot desmentiu a reportagem da revista Isto É e falou que a informação sobre o desvio era "conversa de bêbado em botequim".