O Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) pediu à Justiça a prisão dos cinco policiais militares suspeitos de participarem da morte do servente Paulo Batista do Nascimento, 25 anos, que teria sido morto após ser rendido pelos policiais. Um cinegrafista amador registrou as imagens do momento em que ele teria sido baleado, na manhã do último sábado, no bairro do Campo Limpo, zona sul da capital paulista.
A Polícia Civil está investigando a conduta de cinco policiais envolvidos no caso: o tenente Halstons Kay Yin Chen, que chefiava a equipe, além dos soldados Francisco Anderson Henrique, Marcelo de Oliveira Silva, Jailson Pimentel de Almeida e Diógenes Marcelino de Melo.
Francisco Anderson Henrique, que era o motorista da viatura, foi ouvido na segunda-feira, enquanto Marcelo de Oliveira Silva, Jailson Pimentel de Almeida e Diógenes Marcelino de Melo prestaram depoimento na tarde de ontem.
De acordo com o delegado, esse é um caso de extrema exceção. "A Polícia Civil e a Militar são compostas por pessoas que respeitam a lei. Somente a prisão é capaz de reverter o quadro de violência. Quando um agente da lei comete um crime, a reação da sociedade é muito negativa. A sociedade espera que o agente da lei cumpra a lei, não cometa crimes."
"A Justiça tem de individualizar as condutas (de cada um da equipe). É importante individualizar: quem matou, quem omitiu a informação, quem escondeu o corpo..." Segundo ele, cada um vai ter de responder pela sua responsabilidade desvendada.
Onda de violência
Desde o início do ano, ao menos 91 policiais foram assassinados no Estado. Desse total, 18 eram aposentados e três estavam em serviço. Além disso, o Estado continua a enfrentar um grande índice de violência. Segundo dados da Secretaria de Segurança Pública, só na capital houve um crescimento de 102,82% no número de pessoas vítimas de homicídio no mês de setembro, em comparação ao mesmo período do ano passado. Em todo o Estado, a alta foi de 26,71% no mesmo período.