Os advogados do deputado federal Paulo Maluf, ex-prefeito de São Paulo, repudiaram a decisão da Justiça da Ilha de Jersey, paraíso fiscal britânico. O magistrado europeu determinou que o político devolva R$ 22 milhões aos cofres públicos da cidade de São Paulo, que "foi vítima de uma fraude", segundo a sentença.
Em nota oficial, a defesa de Maluf critica o julgamento, mas destaca que "mostra que Paulo Maluf não é réu" e "não tem conta" na Ilha de Jersey.
Veja a nota completa:
1 - A sentença mostra claramente que Paulo Maluf não é réu na Ilha de Jersey.
2 - A sentença mostra claramente, o que temos afirmado à exaustão, que Paulo Maluf não tem conta na Ilha de Jersey.
3 - A sentença mostra claramente que os eventuais recursos citados na ação teriam sido movimentados em janeiro e fevereiro de 1998, quando Paulo Maluf não era mais prefeito de São Paulo, já que seu mandato acabou em dezembro de 1996. Portanto já havia saído da Prefeitura a mais de um ano.
4 - A ação não tem embasamento legal já que a obra não foi feita pela Prefeitura, mas sim pela Emurb, sendo, portanto, a Prefeitura parte ilegítima na questão.
5 - A ação não tem embasamento legal pois qualquer obra realizada em território brasileiro, e feita de forma irregular, o que não é o caso dessa, terá de ser julgada pela Justiça brasileira.