O sindicato dos Trabalhadores da Universidade de São Paulo (Sintusp) aprovou em assembleia, na última semana, a paralisação das atividades em todas as unidades da instituição nesta terça-feira. Um protesto em frente à reitoria, na capital paulista, está marcado para iniciar às 12h30. Além de cobrar reajuste salarial e políticas de permanência estudantil, professores, funcionários administrativos e alunos pretendem manifestar sua contrariedade ao Programa de Inclusão com Mérito no Ensino Superior Público Paulista (Pimesp), criado pelo conselho dos reitores como forma de garantir a inclusão de negros, indígenas e estudantes de escolas públicas nas universidades estaduais.
O grupo também vai se unir aos funcionários de uma empresa terceirizada de limpeza na USP, que paralisaram as atividades hoje como forma de pressionar a reitoria para o pagamento dos salários atrasados. Um piquete foi montado em frente ao prédio da reitoria para impedir o ingresso de servidores no local.
Segundo o Sintusp, além de prestar solidariedade aos servidores terceirizados, o movimento de hoje soma-se à luta de docentes e alunos da Universidade Estadual Paulista, que estão em greve há nove dias para cobrar melhores salários, qualidade do ensino, e para criticar a proposta de cotas por meio do Pimesp.
Até o meio-dia, o sindicato não tinha um balanço do número de servidores e alunos que aderiram à mobilização. Já a assessoria da USP disse que as aulas e os serviços administrativos estão funcionando normalmente. Sobre o atraso no pagamento dos terceirizados, a universidade afirmou que os repasses à empresa foram feitos dentro do prazo e que a situação deve ser normalizada ainda hoje.