Foi sepultado na manhã desta quarta-feira, no Cemitério Jardim Eterno, em Camocim (CE), a 360 quilômetros de Fortaleza, o corpo do menino de 3 anos, encontrado morto em um flat na Praia de Iracema, na capital cearense, no último sábado (8), supostamente morto por seus pais.
O corpo da criança foi retirado do Instituto Médio Legal (IML) pela família da mãe da vítima, Cláudia Marques da Silva, 24 anos, suspeita de ter cometido o crime ao lado do companheiro, o holandês Stefan Smith, 32 anos.
Cerca de 200 pessoas compareceram ao sepultamento, que contou com a presença de familiares, amigos e curiosos.
Pais negam o crime
Suspeitos da morte da criança, Stefan Smith e Cláudia negam o crime, e defendem um ao outro diante das acusações de assassinato e tentativa de ocultação do corpo do próprio filho de 3 anos.
O exame cadavérico realizado na vítima encontrada morta em um flat, no bairro Mucuripe, no último sábado, aponta a asfixia como causa da morte. Contudo, o corpo não apresentou lesões - por conta disso ainda não há como apontar o que provocou o sufocamento. Agora, a polícia aguarda a conclusão do laudo pericial do local do crime.
Na terça-feira, a polícia mostrou à imprensa o material apreendido no quarto onde a criança foi encontrada morta. Foi recolhida uma caixa plástica, sacos de areia, fitas adesivas e lona. A polícia encontrou ainda um bilhete de socorro, repleto de erros: "Por favor chame a polícia apartamento 706 ouvir grito ontem quinta de uma que chorar pelo filho que morreu (sic)".
O holandês afirmou que usaria tal caixa para enterrar o filho. "Eu queria uma caixa decente pra levar meu filho, para enterrar ele", disse. Ele afirmou ainda que pediu a caixa na recepção do flat onde estavam hospedados e explicou para que ela seria usada. "Depois eu sei que inventaram uma coisa, que eu matei. Não é verdade", disse.
Para os policiais, o bilhete foi escrito pela mãe das crianças, que simulava ser outra pessoa. Cláudia afirma que a criança mais nova sofreu uma queda quando tomava banho, bateu a cabeça, teve uma convulsão e veio a morrer. Já Stefan disse que a morte foi natural. "De repente ele ficou durinho e tinha problemas de respirar. Parou no meu braço", afirmou.