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SC: polícia acredita que líder dos Black Blocs morreu de causas naturais

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A Polícia Civil de Santa Catarina acredita que um dos líderes dos grupos Black Blocs no Brasil, o ativista Leonardo Agular Morelli, 53 anos, teria morrido de causas naturais. O corpo de Morelli foi encontrado na última segunda-feira (16) em um quarto de hotel localizado na região central de Florianópolis. 

De acordo com as informações da polícia, peritos do Instituto Geral de Perícias de Santa Catarina não encontraram nenhum sinal de violência no local que indicasse um possível assassinato. O corpo do ativista foi encontrado por funcionários, entre duas camas de solteiro.

Morelli morava em Curitiba e estava em Santa Catarina para tratar de assuntos relacionados a uma empresa de Joinville, no norte do Estado. Segundo as denúncias, realizadas por intermédio de uma carta escrita em setembro passado, uma areia supostamente contaminada utilizada para a produção de concreto e pavimentação asfáltica estaria causando câncer em moradores dos arredores.

A carta foi entregue ao jornalista Altamir Andrade, amigo de Morelli, com a condição de que só fosse divulgada caso algo lhe acontecesse. Na quarta-feira, o jornalista usou seu blog para divulgar o manifesto. “Em nossa última conversa, ele (Morelli) me dissera que ainda este ano iria a Florianópolis, para uns contatos”, afirmou Altemir. “Morelli estava inconformado com a Resolução do Consema (Conselho de Meio Ambiente) que permite o reuso de areias de fundições na produção de peças de concreto”, disse.

“Me comprometi que daria o máximo de publicidade ao documento. Confesso que me sinto em dívida, com a sensação de não cumprir o prometido, pois estes espaços são pequenos, para o grande homem que foi Leonardo Aguiar Morelli, brasileiro, jornalista, nascido em 16/09/1960, natural de São Paulo, secretário Geral da Defensoria Social, morto em Florianópolis”, assinalou Altemir em seu blog.