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Governo quer minimizar protestos nas 12 cidades-sede durante a Copa

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Responsável pela interlocução com movimentos sociais, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, afirmou nesta segunda-feira que o governo está enviando representação para as 12 cidades-sede da Copa do Mundo para antecipar o tamanho das manifestações e possíveis soluções a serem oferecidas. Já é dado como certo no Palácio do Planalto que a exemplo da Copa das Confederações, o mundial deste ano contará com grupos contrários durante os jogos.

“Estamos deslocando companheiros para as 12 cidades-sede da Copa para verificar in loco quais são os problemas que ainda ocorrem. Sobretudo na questão das remoções, para ver o tamanho correto de cada um desses problemas e buscar uma solução”, afirmou o ministro.

Gilberto Carvalho condenou ainda a morte do cinegrafista da TV Bandeirantes Santiago Andrade, morto nesta segunda em decorrência de ferimentos provocados por um rojão durante a cobertura de um protesto contra o aumento do preço do ônibus no Centro do Rio de Janeiro na última quinta-feira. Ele sugeriu que o governo teme que as manifestações contrárias à Copa ganhem um tom violento.

“O uso de qualquer forma de violência só provoca destruição e não levará de maneira nenhuma o País a lugar nenhum. E da parte do governo, seguiremos, inclusive na perspectiva da Copa, esperando que a gente tenha durante a Copa manifestações maduras, pacíficas... Que junto com a festa da Copa haja manifestações, mas sem esse cunho triste”, disse Gilberto.

O ministro afirmou ainda que o governo pretende abrir “amplo debate” para apresentar o legado que a Copa do Mundo pode trazer ao Brasil. O governo estuda fazer uma investida publicitária em contraponto ao movimento “Não vai ter Copa”. Segundo interlocutores da Presidência, a falta de informação tem levado muitos participantes sem ideologia específica contrária ao Mundial a se juntarem aos manifestantes.