O Ministério Público Federal informou nesta sexta-feira que enviou dois representantes à Itália para tratar da extradição do ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, condenado no julgamento do mensalão. Pizzolato está preso em Modena acusado de falso testemunho, substituição de pessoa e falsidade ideológica, após ser detido pela polícia italiana na cidade de Maranello utilizando um passaporte falso em nome do irmão já morto há 36 anos.
O chefe da Área de Cooperação Internacional da Procuradoria, Vladimir Aras, e o chefe de gabinete do procurador-geral da República, Eduardo Pellela, se reuniram na manhã de hoje na embaixada do Brasil em Roma com autoridades policiais que atuam no caso.
Segundo a assessoria do MPF, eles irão para Bolonha na segunda-feira e Modena na terça-feira conversar com autoridades italianas sobre um possível retorno de Pizzolato para que ele cumpra no Brasil a pena pelo processo do mensalão.
Pizzolato foi preso na Itália no dia 5 de fevereiro, após ter sido considerado foragido e procurado pela Interpol desde novembro do ano passado. Como tem dupla cidadania, o ex-diretor do BB não poderia ser extraditado de imediato para o Brasil. A assessoria do Ministério Público informou ainda que o órgão está traduzindo os documentos relativos ao pedido e que eles serão enviados ao Ministério da Justiça para que a pasta requeira formalmente a extradição. O prazo termina na segunda quinzena de março.
Pizzolato foi condenado a 12 anos e 7 meses de prisão por formação de quadrilha, peculato e lavagem de dinheiro.