ASSINE
search button

Morte de Eduardo Campos é destaque nos principais jornais internacionais 

Jornais como El País e The Guardian destacaram as fortes mudanças acarretadas com morte de candidato

Compartilhar

A mídia internacional deu destaque para a morte do candidato presidencial Eduardo Campos (PSB), nesta quarta-feira (13). Eduardo Campos morreu na queda de um avião de campanha em uma área residencial da cidade de Santos, em São Paulo. O jornal espanhol El País disse que a morte de Eduardo Campos representa uma mudança radical na campanha eleitoral brasileira. O britânico The Guardian disse que a morte do candidato deixa as eleições de outubro em desordem. Outros jornais como os americanos The New York Times, Washington Post e o argentino Clarín também destacaram a morte de Campos.

O jornal espanhol El País postou a notícia logo após uma publicação lamentando a morte de Campos  feita por Marina Silva via Twitter, vice-presidente de sua candidatura, antes mesmo da confirmação oficial por autoridades. No momento em que a matéria foi publicada pelo El País, os bombeiros já haviam retirado três corpos carbonizados de dentro da aeronave, mas nenhum deles havia sido identificado até então. O jornal apontou também que a presidente Dilma Rousseff (PT), candidata à reeleição, cancelou sua campanha por três dias.

A notícia do acidente também aparecia com forte destaque na mídia argentina. O jornal Clarín ressaltou o fato de que Campos ocupava o terceiro lugar na corrida presidencial das eleições de outubro e lembrou também da parceria do candidato com Marina Silva. A confirmação da morte de Eduardo Campos teria sido feita pelo deputado Julio Delgado em uma conversa por telefone com o deputado federal Márcio Franca, presidente estadual do PSB em São Paulo.

No Washington Post, foi publicado um comunicado oficial feito pela presidente Dilma Rousseff (PT), candidata à reeleição. “Todo o Brasil está de luto. Perdemos um grande brasileiro”, teria dito a presidente em seu blog oficial, de acordo com o jornal norte-americano.

O britânico The Guardian disse que a campanha eleitoral foi lançada à incerteza com a perda do candidato. O jornal lembrou que outras seis pessoas faleceram no acidente além de Campos e disse que as mortes provocaram uma onda de luto em todo o país. O britânico disse que o ex-governador de Pernambuco tinha uma relação amigável com o meio empresarial e chocou a sociedade ao se aliar à ambientalista Marina Silva na composição de sua chapa eleitoral.

O The Guardian apontou declarações de outros políticos brasileiros, como o deputado federal e ex-jogador de futebol Romário que teria dito que “sob a liderança de Campos, o Brasil teria um futuro melhor”. O jornal britânico lembrou também que Campos havia participado na véspera de uma entrevista ao vivo no televisão brasileira e que era esperado que a entrevista alavancasse os números da votação para Campos.

“Grande mudança política”

O norte-americano The New York Times deu destaque para o comunicado do vice-presidente Michel Temer (PMDB), que classificou o acidente como “uma tragédia para a política brasileira”. Segundo o jornal, Temer teria dito que Campos era um político de “princípios e valores” e que estava chocado com o acidente.

O The New York Times trouxe também um depoimento do vereador Eliseu Gabriel (PSB) dizendo que o partido ainda precisa avaliar a situação para tomar qualquer decisão sobre a forma de avançar e que, no momento, a campanha do partido irá ter uma pausa. Gabriel teria dito ao jornal norte-americano que Campos “representava uma grande esperança para uma mudança profunda na política brasileira” e que “tinha grandes chances de levar a candidatura até um segundo turno”.

*Do programa de estágio JB