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Não há previsão para fim do trabalho em Santos, dizem bombeiros

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O capitão do Corpo de Bombeiros de São Paulo, Marcos Palumbo, disse que a equipe deve permanecer por alguns dias no local da queda do avião em que estava Eduardo Campos, em Santos (SP), no bairro do Boquerão. De acordo com ele, foram detectados destroços da aeronave em 13 pontos, o que dificulta a localização e retirada dos corpos das vítimas e também da caixa-preta. Entre os passageiros, estava o candidato à Presidência da República, Eduardo Campos (PSB). Até o momento, nenhum corpo foi localizado ou retirado do local.

O Cessna 560XL, prefixo PR-AFA, decolou do Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, com destino a Guarujá (SP). Nenhuma das sete pessoas que estavam a bordo sobreviveram, segundo o capitão.

“A previsão é de muito trabalho para buscar os corpos das vítimas e a caixa-preta. Será um trabalho exaustivo, possivelmente devemos passar alguns dias aqui”, disse à Agência Brasil.

O capitão disse ainda que os bombeiros vão trabalhar dia e noite. No total, 45 homens estão no local. O avião atingiu casas, academias e lojas comerciais. “É um local que está muito prejudicado tendo em vista a grande amplitude do impacto da aeronave”.

O técnico em instrumentação, Sérgio Shiroma, que mora em um prédio atingido pelos destroços da aeronave, relatou o momento do acidente. A avó dele e uma minha tia estavam em das casas mais afetadas pelo acidente. “Foi só uma escoriação e o susto. Na hora, ouviram o barulho e a pancada, porque os escombros bateram nas costas da minha tia. Depois, elas não lembram de mais nada por causa do choque”, disse, acrescentando que o avião caiu no fundo da casa da avó, que tem Alzheimer, e destruiu o telhado.

No momento do acidente, o técnico estava no prédio onde mora com a namorada. “Foi um barulho muito forte. Nunca vi nada igual. Foi um tremor. Achei que o prédio ao lado estava caindo. Estava com minha namorada e saímos correndo. Eram muitos destroços, muito vidro e até cortamos o pé”, contou, que voltou ao apartamento para buscar itens básicos e vai ficar em casa de parentes. O prédio está interditado por tempo indeterminado.

A moradora Júlia Nagamini, tia de Sérgio, disse que a casa da mãe está totalmente destruída. Segundo ela, a mãe e a irmã que estavam no local “viram um clarão e ouviram um barulho”.

Outro morador, Wilson Santos, que mora a 80 metros do local do acidente, contou o que ocorreu: “Foi um barulho muito grande na hora da explosão saí na janela e tinha muita gente correndo e muita fumaça. Fui tentar ajudar as pessoas de alguma forma na academia. Tinha gente machucada, mas com ferimentos leves porque pegou do lado”.