O número de pessoas que trabalham na indústria de transformação no país chegou ao menor patamar desde 2001, em relação aos demais trabalhadores. Os dados foram divulgados hoje (18) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad). Em 2013, o percentual de empregados no setor foi 12,7%, 0,1 ponto percentual inferior ao de 2012 (12,8%).
Em 2001, o pessoal ocupado na indústria de transformação estava em 13,8% e, até 2007, teve crescimento, chegando a 14,5%. Desde então, a tendência foi de queda, com recuperação em 2012, quando houve um acréscimo de 0,5 ponto percentual. Do ano retrasado para o ano passado, a taxa voltou a cair - de 13,3% para 12,7%.
No período analisado, a participação do pessoal ocupado na agricultura foi a que mais caiu - de 20% em 2001 para 12,5% em 2013. Segundo Maria Lucia Vieria, gerente da pesquisa, a variação pode estar relacionada ao aumento da tecnologia no campo, com maior mecanização dos processos envolvidos.
Por outro lado, o grupo comércio e reparação subiu de 17% para 18,1% nesse período. Os maiores níveis do setor foram entre 2002 e 2005, quando esteve no patamar de 19% do pessoal ocupado, com pico de 19,9% em 2003.
Entre o pessoal ocupado com mais de 15 anos de idade, a pesquisa mostra que o Sul é a região com o maior percentual de pessoas trabalhando na indústria (18,3%). Por outro lado, a Região Nordeste tem o maior percentual de trabalhadores no setor agrícola (23,5%) e o menor percentual para a indústria (9,3%).