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Manuela não afasta aliança da esquerda

Pré-candidata do PCdoB inclui nas articulações Ciro e Barbosa

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Pré-candidata à Presidência da República pelo PCdoB, a deputada estadual Manuela D’Ávila (RS), afirmou ontem, durante visita ao JORNAL DO BRASIL, que considera viável a aliança entre os partidos do campo progressista. Nessa eventual aproximação, Manuela citou o ex-ministro Ciro Gomes, pré candidato do PDT, e o ex-presidente do STF Joaquim Barbosa, em torno de quem há uma articulação no PSB para que se candidate ao Palácio do Planalto.

”O debate da nossa unidade passa pelo PT, pelo Ciro, pelo Boulos (PSOL), passa inclusive por um debate que precisamos abrir sobre as posições avançadas que o ex-ministro Joaquim Barbosa apresentou e que são relevantes para o país como na reforma trabalhista e no processo de impeachment de Dilma”, afirma a deputada.

Manuela D’Ávila afirmou também que existe uma aproximação natural e antiga com o partido de Leonel Brizola, que tem como pré-candidato Ciro Gomes, a quem ela considera ‘um homem do nosso mesmo campo político’. Já sobre Joaquim Barbosa, a deputada gaúcha disse que o ex-presidente do STF apresenta posições similares as que foram defendidas pelos partidos de esquerda.

Sobre o PT, a pré-candidata do PCdoB disse que as articulações com a legenda são antigas e que ainda não há como debater propostas de coligações sem tratar antes da situação da prisão ex-presidente Lula. Ele também comentou a possibilidade de o PT abrir mão da cabeça de chapa, aventada pelo ex-governador Jaques Wagner. “Se o PT pudesse abrir mão da candidatura? É uma coisa que ele (Wagner) fala há muito tempo, mas não acho que vai acontecer assim”, disse. “O PT teria como fazer esse movimento agora? Não sou eu quem tem que responder, enfim acho que são conversas muito embrionárias. E o que nos interessa são essas pontes e a manutenção dessas pontes, do diálogo permanente”, completou.

Para Manuela, o tema da corrupção precisa ser enfrentado pela esquerda brasileira para “mostrarmos quem são os verdadeiros corruptos desse país”, Ela questiona: “Não é só com a corrupção dos financiamentos de campanha, mas porque não existe reforma tributária, Quem ganha? Quem são os amigos que financiam as campanhas?”, questiona. Ainda, de acordo com a deputada, a corrupção no Brasil não ocorre só nos apartamentos do ex-ministro Geddel Vieira Lima ou nas malas de rodinha do Rodrigo Rocha Loures, mas também se dá quando “o estado faz escolhas que garantem que eles continuem lucrando seus milhões de reais com juros que o Brasil” 

Ao analisar as pesquisas mais recentes, Manuela D’Ávila explica que sua força está entre os eleitores mais jovens, especialmente porque eles são os mais ativos na internet disse a deputada, que veio ao Rio acompanhada de sua filha Laura, de 3 anos. Manuela, que tem 36 anos, sempre foi considerada uma política jovem, mas faz graça por já não se considerar novidade nesta eleição. A deputada gaúcha acumula dois mandatos em seu estado e outros dois de deputada federal, em Brasília.