
O presidente Jair Bolsonaro criticou a mensagem divulgada pelo papa Francisco em favor da proteção da Amazônia, e afirmou que a floresta "é nossa". A declaração rebate a publicação do Pontífice em sua rede social na qual diz o seguinte: "Dirijo esta exortação ao mundo inteiro, para ajudar a despertar a estima e solicitude pela Amazônia, que também é nossa". "Sonho com uma Amazônia que lute pelos direitos dos mais pobres, dos povos nativos, dos últimos, de modo que a sua voz seja ouvida e sua dignidade promovida. #QueridaAmazonia", acrescentou o líder da Igreja Católica.
Para Bolsonaro, no entanto, a "Amazônia é nossa. Não é como o Papa tuitou ontem, não, tá?". A declaração foi dada no mesmo dia em que o Jorge Mario Bergoglio recebeu no Vaticano o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Mas Bolsonaro não chegou a comentar o encontro. Quinta (13), em sua tradicional transmissão ao vivo nas redes sociais, o presidente brasileiro citou o novo Conselho Nacional da Amazônia Legal e ressaltou que o objetivo é demonstrar que existe uma preocupação do país com a região.
"Foi criado nesta semana um conselho que visa proteger, preservar e desenvolver nossa Amazônia, o que é muito importante, adotar medidas preventivas contra qualquer ação que não esteja de acordo com as leis brasileiras", afirmou. Bolsonaro explicou que a iniciativa visa "mostrar para o mundo que estamos preocupados com a Amazônia". "A Amazônia é nossa.
Não é como o Papa tuitou ontem, não, tá?", acrescentou o presidente. A polêmica foi criada na semana em que o líder da Igreja Católica publicou sua exortação apostólica sobre a Amazônia, batizada de "Querida Amazônia". No documento, no entanto, Francisco não fez nenhuma menção à ordenação de sacerdotes casados como forma de suprir a falta de padres na floresta. O tema era um dos mais espinhosos e mais aguardados.(Ansa)