Equipe de pesquisadores disse que Luzia, o fóssil mais antigo da América Latina, com cerca de 12 mil anos, foi encontrada nos escombros do Museu Nacional/ UFRJ. O anúncio foi feito em coletiva de imprensa no início da tarde desta sexta-feira (19).
Segundo os técnicos, ainda foram localizados a parte da testa e nariz, a parte lateral, ossos e o fragmento de um fêmur que também pertencia a Luzia e estava guardado.
Maior tesouro do museu, que foi atingido por um incêndio no dia 2 de setembro, foi achado em Pedro Leopoldo, em Minas Gerais, em 1974. Trata-se de uma mulher que morreu entre os 20 e os 25 anos de idade e foi uma das primeiras habitantes do Brasil.
O crânio de Luzia e a reconstituição de sua face - revelando traços semelhantes aos de negros africanos e aborígines australianos - estão em exibição no museu. A descoberta de Luzia mudou as principais teorias sobre o povoamento das Américas. É considerado o maior tesouro arqueológico do país.
"Por conta do fogo, ela [Luzia] sofreu algumas avarias, mas estamos otimistas não só pelo museu, mas por Pedro Leopoldo e pelo Brasil", declarou a Claudia Rodrigues, professora responsável pela equipe de resgate.
O crânio de Luzia foi encontrado fragmentado. De acordo com Claudia, ele será reconstruído, mas não há previsão de quando o trabalho começará a ser feito. "Precisamos de verbas para sabermos quais pesquisas vamos utilizar", destacou. "Temos 80% do crânio identificado e achamos que podemos chegar a muito mais", completou a professora.