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Domingo, 4 de maio de 2025

Prefeitura reforma hospital após incêndio

Crivella reinaugura unidade com novas medidas de segurança

Michel Filho/Divulgação -
O grafite de um corredor da Coordenação de Emergência Regional do Hospital Lourenço Jorge já totalmente restaurado
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Três semanas depois do incêndio que atingiu o segundo andar da Coordenação de Emergência Regional da Barra da Tijuca (CER), no complexo hospitalar do Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, Zona Oeste da cidade, a unidade, que atende 15 mil pessoas por mês, foi devolvida aos usuários na manhã de ontem pelo prefeito Marcelo Crivella. Quatro pessoas morreram após serem transferidas da unidade hospitalar.

Os médicos que trabalhavam ontem, por sinal, eram os mesmos da escala do dia do incêndio. O prefeito explicou a alguns deles as medidas de segurança. “Tudo foi afetado A estrutura de telhado, no segundo pavimento, todas as colunas e vigas, que foram trocadas. Agora está melhor, porque fizemos uma rede de sprinklers. Se houver qualquer indício de incêndio, o sprinkler vai jorrar água. Nós temos agora também uma rede de detectores de fumaça “, afirmou Crivella.

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O grafite de um corredor da Coordenação de Emergência Regional do Hospital Lourenço Jorge já totalmente restaurado (Foto: Michel Filho/Divulgação)

Foram trocados, segundo o próprio prefeito, o piso e forro, e as instalações hidráulicas, elétricas e de gás foram reformadas.

O custo da intervenção foi, segundo a administração municipal, em R$ 4,4 milhões, com a RioUrbe à frente das obras.

O prefeito comentou a ação na Justiça para devolução ao Governo Federal de 24 unidades de saúde. A 11ª Vara Federal do Rio de Janeiro indeferiu a ação da administração municipal no último dia 23.O argumento da juíza Maria Alice Paim Lyard foi o de que, nas palavras dela, “a questão é deveras complexa, envolvendo política pública, descabendo sua apreciação pelo Judiciário sem a oitiva da parte contrária”.

Crivella disse o seguinte sobre o imbróglio: “Em 1995, o Governo Federal passou ao Município uma série de hospitais e postos de saúde. Havia um contrato, e, nele, o Governo Federal se comprometia em repassar um valor ao Município. O valor não foi reajustado. O pessoal federal foi se aposentando e sendo reposto por pessoal municipal, aumentando o custo. Nesses dois anos do meu governo, fui diversas vezes a Brasília, sem resultado. Notificamos que chegou a hora de cumprir o contrato. O que diz o contrato? Se os repasses não fossem feitos, as unidades teriam que ser devolvidas. Então fizemos um organograma de devolução. Demos notícia à juíza de que iríamos fazer. Não pedimos autorização para devolver. Porque isso está no contrato, nós podemos devolver imediatamente. Mas pedimos a ela que nos desse uma cautela antecipada para que o Governo Federal, assumindo seus hospitais e postos de saúde, não os fechasse”.

Por fim, o prefeito também falou sobre a proibição do fechamento de clínicas da família, determinada em caráter liminar pela Vara de Fazenda Pública do Rio em ação das bancadas do PSOL na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) e na Câmara dos Vereadores. “Em sua decisão, o juiz mostrou não estar informado sobre o processo, já que nenhuma clínica será fechada, e, sim, haverá uma reestruturação das equipes para atender locais com maior necessidade”.

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barra | fogo | hospital | rio