Um intenso temporal que atingiu o Rio de Janeiro na noite desta quarta-feira, 6, derrubou árvores, causou alagamentos em ruas e em estabelecimentos comerciais, interditou vias e deixou bairros às escuras. O município entrou em estágio de crise às 22h15. Até as 23h10, não havia registro de pessoas feridas, mortas ou desaparecidas em função do temporal.
O secretário da Defesa Civil, Roberto Robadey, confirmou a morte de duas pessoas. As vítimas estavam em Pedra de Guaratiba e na Rocinha. Também há um desaparecido.
O estágio de crise é adotado quando "há previsão de chuva forte, ocasionalmente muito forte nas próximas horas, podendo, inclusive, causar múltiplos alagamentos e deslizamentos, além de transtornos generalizados em uma ou mais regiões da cidade", segundo a Prefeitura. Quando esse estágio é atingido, as equipes de emergência já estão espalhadas pelas ruas atuando para amenizar os efeitos da chuva.
Conforme o Centro de Operações da Prefeitura, das 18h às 22h30 as áreas com chuva mais volumosa foram a Rocinha, na zona sul, com 132,2 mm; o Vidigal, na mesma região, com 127,6 mm; e a região do Itanhangá, na Barra da Tijuca (zona oeste), com 122,8 mm.
Na Rocinha foram acionadas sirenes orientando moradores a procurarem abrigos fora de casa, devido aos riscos de desabamento e deslizamento. A estrada Grajaú-Jacarepaguá foi interditada no sentido Grajaú (zona norte), a partir da subida pela Freguesia (zona oeste), devido à queda de uma árvore, por volta das 23h. No mesmo momento, faltava luz em vários trechos da cidade, como em parte do bairro do Grajaú, na zona norte.
Cerca de uma hora antes, o serviço de ônibus do BRT Transoeste foi interrompido por conta de alagamentos e da queda de uma árvore, que atingiu a pista na altura da estação Santa Veridiana.
A prefeitura informou que das 19h às 21h27 recebeu seis pedidos de vistoria em desabamentos de estruturas e um de vistoria em imóvel com infiltrações. A administração não informou quais são as estruturas que teriam desabado nem registrou que tenha havido vítimas.