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Justiça nega liberdade para acusado de matar Marielle Franco

Os dois suspeitos estão em prisão preventiva

Renan Olaz/CMRJ -
Marielle Franco na tribuna da Câmara do Rio: assassinada em dia 14 de março de 2018
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A Justiça do Rio negou pedido de liberdade feito pela defesa do ex-policial militar Élcio Queiroz, um dos acusados de matar a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes em março de 2018.

Queiroz e outro acusado, o policial reformado Ronnie Lessa, foram presos em março. Os dois estão em prisão preventiva. Em despacho publicado nesta sexta (3), a Justiça diz que os motivos que justificaram a medida permanecem válidos e Queiroz deve continuar preso. Ele é acusado pela polícia de dirigir o carro usado no crime. Lessa teria feito os disparos.

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Marielle Franco na tribuna da Câmara do Rio: assassinada em dia 14 de março de 2018 (Foto: Renan Olaz/CMRJ)

O crime foi cometido no dia 14 de março de 2018. Segundo a polícia, foram feitos 13 disparos contra o carro em que estava a vereadora, uma assessora e o motorista. Marielle foi atingida na cabeça por quatro tiros. Outros três atingiram Gomes.

A denúncia contra os dois foi aceita pela Justiça do Rio no dia 15 de maio. Eles respondem por duplo homicídio triplamente qualificado -por motivo torpe, emboscada e recurso que dificultou a defesa da vítima- além de tentativa de homicídio da assessora de Marielle que estava o carro.

A Operação Lume, que prendeu os dois acusados, porém, não identificou motivos nem possíveis mandantes, trabalho que será feito em uma segunda fase das investigações. Com um amigo de Lessa, que também está preso, foram encontrados 117 fuzis incompletos, um arsenal avaliado em R$ 3,5 milhões.

Lessa e o amigo, Alexandre Motta, respondem pela posse das armas. Eles terão audiência de instrução no próximo dia 6. No processo sobre o homicídio, Lessa e Queiroz serão ouvidos no dia 7. A audiência será realizada por videoconferência, já que os réus estão em presídio de segurança máxima.

A reportagem ainda não conseguiu contato com a defesa de Queiroz. Na época da prisão, os dois acusados negaram participação no crime.