PARQUE DA CIDADE - Niterói em foco
A CCR FAZ O QUE QUER; A PREFEITURA SÓ ASSISTE DE CAMAROTE
Há tempo a estação do catamarã de Charitas fechou, deixando um monte de gente à deriva, e a Prefeitura nada faz para reverter este quadro. A empresa CCR, que só pensa em lucro, não pode dar um pouquinho do "sangue" nestes tempos de pandemia, porque o contingente de passageiros baixou, e decidiu por ela (como fosse dona da cidade) simplesmente fechar a estação. Até a passarela desenhada por Niemeyer, que leva o povo às embarcações, enferrujou.
A Prefeitura age abobalhada, como faz o "chefe do empreiteiro" Rodrigo Neves com as empresas de ônibus dos amigos da Fetranspor, está lembrado? Já deu até cadeia: experimente esperar um ônibus 49, da Viação Ingá, muitas vezes fétidos, e pode ter certeza de que vai ficar no mínimo 40 minutos no ponto. A quem reclamar?
Pois na Alerj é diferente:
Diante de denúncias recebidas pela Comissão de Transportes da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), por parte de moradores da Ilha do Governador, sobre a intenção da CCR Barcas reduzir ainda mais os horários que atendem ao bairro, o presidente do colegiado, deputado Dionísio Lins (PP), encaminhou ao secretário estadual de Transportes, Delmo Pinho, um Requerimento de Informações onde solicita que sejam enviados para a comissão a cópia do contrato de concessão com todos os termos aditivos, o valor arrecadado nos últimos três anos, a grade de horários em vigor nas linhas que atendem Paquetá, Cocotá, Ilha do Governador, Araribóia e Charitas, o preço de cada tarifa e a margem líquida de lucro nas linhas operadas dentro da Baía de Guanabara.
Dionísio pediu também o número de embarcações que operam nas linhas da Baía, tempo de uso das embarcações, sua capacidade de transporte e quantos passageiros são transportados diariamente, além do gasto mensal com combustíveis e com a folha de pagamento de funcionários e terceirizados e cópias dos contratos de publicidade.
“Em minha opinião, toda essa situação caracteriza uma verdadeira chantagem. Alegar que atualmente existem poucos usuários é covardia. Até quando vamos aceitar que uma empresa que possui uma concessão, prejudique a população e encoste o governo na parede?”, questionou.
Dionísio lembrou ainda que no início do ano passado a Casa fez um aporte de R$ 5 milhões para a CCR Barcas, que garantiu que com esse valor retornaria com os horários da antiga grade para a Ilha do Governador e Paquetá, mas nada aconteceu. “Há tempos que essa empresa faz o que quer com o estado e nada é feito. A população é que não pode ficar refém de uma empresa que não entrega o que promete e nem pagar essa conta”, disse.