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Um protesto contra a insegurança na Lagoa

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Flávia Salme e Carolina Monteiro, Jornal do Brasil

RIO - No último dia 16, os adolescentes Mathias Isaksen e Thomas Hermann, ambos de 14 anos, foram agredidos por socos, pontapés, e até mordidas, após perderam suas bicicletas para um grupo de aproximadamente 20 menores que assaltavam no entorno da Lagoa. Dez dias antes, outros dois jovens, de 12 e 11 anos, também enfrentavam o mesmo problema. Na sexta-feira, um menino de 15 anos que andava de bicicleta no local foi rendido e quase lançado à lagoa por três menores de 14 anos. Os seguidos episódios levaram cerca de 100 moradores do bairro a protestarem, ontem, contra a insegurança na região, uma das mais nobres do Rio.

Mais do que a bicicleta, roubaram do meu filho o direito de sair de casa sem medo reclamou a publicitária Marta Isaksen, mãe de um dos menores agredidos e organizadora do protesto.

O reclame foi realizado próximo ao Corte Cantagalo. Sob os gritos de polícia, cadê você, eu vim aqui só pra te ver , os manifestantes cobravam políticas públicas que garantam mais segurança.

Os pais das vítimas também criticaram a atuação da Guarda Municipal no bairro. Disseram, de acordo com o relato de seus filhos, que agentes da corporação que passaram pelo local logo após o assalto não prestaram assistência aos garotos.

Eles só disseram realmente, este local é muito perigoso e seguiram em seus Segway (carros elétricos) como se nada tivesse acontecido afirmaram.

A Guarda Municipal informou que está apurando o caso e, se for o caso, promete punir possíveis culpados. Segundo a assessoria da GM, "a orientação dada aos agentes é de prestar auxílio aos cidadãos mesmo depois da ocorrência".

Além de acusar a Guarda Municipal, os pais dos adolescentes também criticam a falta de agilidade das delegacias instaladas na região (14ª DP e 15ªDP.

Ficamos mais de duas horas para fazer a queixa lamentou o engenheiro Guilherme Hermann, pai de um dos adolescentes agredidos.

Os moradores do bairro afirmam que os menores que agem no local têm horário fixo para assaltar: por volta das 17h.

Cinco meninos saíram de trás de uma árvore e tentaram jogar meu filho no chão. Por sorte, ele conseguiu fugir, mas quase caiu na Lagoa revoltou-se a executiva dinamarquesa Anne Catherine Wambersir, mãe do jovem de 15 anos assaltado na sexta-feira.

Estava andando de bicicleta com o meu pai, quando fui surpreendido por um grupo de aproximadamente 15 menores. Não deviam ter mais de 14 anos. Levei um soco e desmaiei contou o estudante Eduardo Freyre, de 14 anos.