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Com reforço policial, manifestantes se concentram no centro do Rio   

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Manifestantes e simpatizantes do Movimento Passe Livre (MPL), no Rio de Janeiro, se concentram desde as 16h30 desta quinta-feira em frente à Igreja da Candelária, no centro da cidade, em mais um dia de protestos contra o aumento da tarifa de ônibus implementado pela prefeitura do Rio.

O valor da passagem passou de R$ 2,75 para R$ 2,95. Na última terça-feira, a manifestação terminou em confusão com policiais e estudantes feridos, além de um saldo de 31 manifestantes presos.

O aparato policial é bastante forte na concentração: cerca de 60 homens da Polícia Militar fazem o cerco para evitar que os simpatizantes e organizadores do movimento fechem a avenida Presidente Vargas, uma da principais vias da cidade. A via chegou a ser interditada na última terça-feira durante o protesto, que também teve cenas de vandalismo, com vidros de agências bancária e lojas sendo destruídos.

Contrários à forma como a TV Globo vem cobrindo o movimento, bastante forte também em São Paulo, os membros do movimento hostilizam os profissionais da emissora que cobrem o ato desta quinta-feira. "Ei, Globo, vai tomar no c...", gritavam, enquanto uma repórter da Globo realizava uma entrevista. A mesma raiva foi dirigida ao comentarista global Arnaldo Jabor, que criticou veementemente o movimento em recente comentário no Jornal da Globo.

Existe o temor por parte dos manifestantes, receosos com a violência do que consideram "atos isolados" e com o que chamam de truculência por parte da Polícia Militar. "A gente tem medo de ser preso, de apanhar, claro que temos. Mas nossa vontade de mudar as coisas é muito maior", destacou o estudante Iam Cardoso, 18 anos.

A também estudante Natally Drumond afirmou que "na terça-feira ocorreram casos isolados de vandalismo que a gente lamenta, mas o nosso movimento é muito mais forte do que isso. Estamos convictos de que o que ocorreu em Goiânia e Porto Alegre, que conseguiram deter o aumento, também pode acontecer aqui", assinalou.

Os estudantes partirão pela avenida Rio Branco até a Cinelândia, também no centro e antigo palco de diversos protestos no Rio de Janeiro. O movimento tem apoio da União Nacional dos Estudantes (UNE).