A presidente Dilma Rousseff classificou como 'terrorismo' as críticas à política econômica do governo e à questão da inflação. Durante o anúncio de investimentos de R$ 2,6 bilhõesdo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2), na Favela da Rocinha, na Zona Sul do Rio, Dilma garantiu: "Não vamos diminuir os investimentos nas áreas onde o povo precisa". A presidente classificou ainda o Rio de Janeiro como "exemplo para o país".
Apesar de todo o clima de festa que cercou a cerimônia, nem tudo foi comemoração nesta sexta-feira. Moradores do Andaraí e do Grajaú seguravam faixas que diziam: "Cadê o PAC 2 para Andaraí e Grajaú?", e "As favelas pedem reassentamentos: Parque João Paulo II, Nova Divinéia, JK Caçapava". Os cartazes, porém, foram retirados sem alarde pela segurança da Presidência.
Total de investimentos
Os investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento( PAC) 2 no Rio somam R$ 2,6 bilhões, divididos em R$ 1,8 bilhão para o Governo Federal e R$ 800 milhões para o Estado. Os recursos irão para o Jacarezinho (R$ 609 milhões), o Complexo do Lins (R$ 446 milhões) e a Rocinha, maior beneficiada com R$ 1,6 bilhão.
As obras incluem macro-drenagem, instalação de rede coletora de lixo, além de cerca de 475 unidades habitacionais. Haverá também a construção de um teleférico com seis estações, até a Gávea.
A visita de Dilma Rousseff ao Rio estava prevista para esta quinta-feira (13), um dia depois do anúncio oficial da linha de crédito no valor de R$ 18,7 bilhões para a aquisição de eletrodomésticos aos beneficiários do Minha Casa, Minha Vida. Os protestos de segunda-feira contra o aumento das tarifas dos ônibus acabaram adiando a viagem.
No entanto, na noite desta quinta-feira novamente houve manifestação no Centro da cidade, com confronto entre manifestantes e policiais. Apesar da grande repercussão do protesto, inclusive na imprensa internacional, o governador Sérgio Cabral evitou comentários durante o evento na Rocinha.