A Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ) comemorou nesta segunda-feira seus 204 anos, com direito a uma missa na Candelária. Houve também o lançamento de uma medalha comemorativa do bicentenário do Visconde de Mauá, patrono da associação, que ganhou também uma exposição na sede, no Centro do Rio.
O presidente reeleito da casa, Antenor Barros Leal, em meio às congratulações, ressaltou que o principal objetivo da associação nos próximos dois anos é a promoção da educação. "Sem educação, não se constrói um país justo. Essa entidade foi fundada com a ideia do crescimento, e esse crescimento precisa ser justo, com oportunidades para todos", disse Leal, que considera que "o maior desafio para o comércio no Rio de Janeiro é fazer com que ele possa se expandir, com mais empresas e mais empregos".
A missa foi celebrada pelo Monsenhor Sérgio Cosa Couto, pároco da Imperial Irmandade do Outeiro da Glória, que substituiu Dom Orani João Tempesta. Escalado inicialmente, Dom Orani não pôde estar presente em virtude dos preparativos para a Jornada Mundial da Juventude.
O ex-ministro no governo Collor Marcílio Marques Moreira, que também já foi presidente da ACRJ, esteve presente, assim como o comandante do Comando Militar do Leste, General Modesto.
Moeda comemorativa e exposição
Após a missa, todos foram para a sede da Associação Comercial, a poucos metros dali, para homenagear Irineu Evangelista de Souza, o Visconde de Mauá, um dos maiores empresários do país e um dos homens mais ricos do mundo no século XIX. Além de uma pequena exposição sobre o Visconde, foi lançada pela Casa da Moeda uma medalha comemorativa ao bicentenário do empresário.
Roberto Paulo César de Andrade e Eduardo Nedehf, trineto e tetraneto de Visconde de Mauá, respectivamente, estiveram presentes.
Andrade disse que o legado de seu trisavô vai muito além das estradas de ferro e do início da industrialização que promoveu no país durante seus 75 anos de vida:
"O livro 'Exposição aos credores e ao Público', quando ele estava à beira da falência, mostra a honradez e é um testamento da grande figura que foi este homem. Deveria ser leitura obrigatória para os jovens", finalizou o trineto do Visconde.