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RJ: vereadores protocolam ação contra Rodrigo Bethlem

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Oito vereadores de oposição ao governo Eduardo Paes (PMDB) protocolaram nesta quarta-feira uma representação junto ao Ministério Público Federal (MPF), no Rio de Janeiro, para que o órgão investigue as denúncias envolvendo o deputado federal e ex-secretário de Assistência Social da Prefeitura Rodrigo Bethlem (PMDB).

A representação foi endereçada ao procurador geral, Rodrigo Janot. A decisão foi tomada depois que os vereadores não conseguiram o número de assinaturas necessárias para protocolar o pedido de instalação de uma CPI para investigar Bethlem na Câmara Municipal do Rio. Até agora, só nove dos 17 parlamentares necessários assinaram o pedido de abertura da CPI.

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A representação, protocolada no início da tarde desta quarta-feira, lembra o “suposto desvio de recursos públicos no âmbito de convênios celebrados pelo Município quando Bethlem ocupava o cargo de secretário Municipal de Assistência Social”.

Os vereadores citam, no documento, duas reportagens divulgadas pela revista Época. Numa delas, gravações feitas pela ex-mulher de Bethlem, Vanessa Felippe, apontam que o ex-secretário recebia verba extra mensal de cerca de R$ 65 mil, frutos de convênios firmados com o município e a Casa Espírita Tesloo.

Os parlamentares também pedem investigação sobre doadores de campanha de Bethlem, quando ele disputou uma vaga de deputado federal, em 2010, e sobre uma suposta conta na Suíça, não informada à Justiça Eleitoral. 

Os vereadores ainda trabalham para tentar reunir as assinaturas necessárias e instalar a CPI. A intenção é também pressionar parlamentares governistas que assinaram requerimento, na semana passada, pedindo que a prefeitura informe a Câmara de todos os resultados da investigação aberta pelo próprio governo. Segundo o grupo, o presidente da Câmara, Jorge Felippe (PMDB), que pediu licença do cargo nesta terça e quarta-feira também será acionado. O parlamentar é pai da ex-mulher de Bethlem, Vanessa Felippe.

Entre os vereadores contrários à CPI, a alegação é de que já existe esta auditoria em curso no município, o que seria suficiente para esclarecer os fatos. Eles também alegam que a Casa não pode instalar nova comissão de inquérito, já que outra, instalada ano passado para investigar empresas de ônibus do Rio, está sendo questionada na Justiça pelos próprios vereadores de oposição. Na época, os parlamentares acusaram a formação da CPI de “chapa branca” por ter fundamentalmente representantes do governo.

Com Portal Terra