Com "Started From The Bottom", Drake iniciou sua primeira apresentação no Brasil da carreira. Atração principal do primeiro dia do Rock in Rio 2019, o rapper atrasou cerca de 20 minutos, mas encontrou uma plateia ansiosa para vê-lo.
Mesmo sendo um dos nomes mais pops do hip-hop atual, a presença de Drake no Rock in Rio é inédita. Ele foi o primeiro rapper a ser headliner do megafestival. Em 2011, Jay-Z havia sido escalado, mas cancelou sua apresentação -assim como a rapper Cardi B, que tocaria antes do cantor canadense nesta sexta (27).
Drake entrou ao som de "Aquarela do Brasil", com a bandeira do país projetada no palco, fez juras de amor ao público e confessou que estava com medo de a chuva atrapalhar o show.
"Perguntei a um amigo qual é a melhor parte do Brasil", disse, em certa altura. "Ele disse que é um daqueles lugares que todo mundo canta as músicas junto com você."
A recepção veio com a mesma intensidade do tamanho da espera. Além de abarrotada, a plateia estava participativa.
No palco, Drake se valeu de transições rápidas nas músicas, encaixotando todos os hits em pouco mais de uma hora de show. Foi um passeio por tudo que faz dele um dos artistas mais influentes da música pop atual.
Ele foi com facilidade de hinos do trap -"Walk It Talk It", com o Migos, "Sicko Mode", com Travis Scott- aos raps românticos -"Passionfruit"- e tristes - "One Dance"- pelos quais é conhecido.
Também pelas músicas mais dançantes, como "Work", e hits de FM, como "Hotline Bling".
Ao fim da apresentação, Drake disse que fez o melhor show da vida, para a melhor plateia. Exagero ou não, a estreia dele foi memorável.
Não só provou (tardiamente) que o rap tem espaço no topo dos megafestivais brasileiros, mas gerou uma relação de empatia rara em um primeiro encontro. (Folhapress)