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Educação profissional deve ser programa de Estado e não de governo

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O Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), um dos principais alicerces da política do governo para a educação, é defendida por autores de diversas formações e ideologias. Ele cria a possibilidade de melhoria social por meio da educação e, consequentemente, de empregabilidade. O programa observa que a educação deve estar alinhada às demandas do mercado de trabalho, o que realiza com cursos técnicos e de qualificação.

Foi um alívio, ao longo da campanha presidencial, ver os principais candidatos sinalizarem que o Pronatec teria continuidade. Garantir formação profissional é assegurar combustível ao motor que vai elevar o país a um patamar de padrão social nunca antes atingido.

O Pronatec prioriza a empregabilidade. Sua abordagem passa por diversos de tipos bolsas e fomentos que proporciona. Destaca-se, inicialmente, o Brasil sem Miséria, que potencializa, juntamente com o Sistema Ifets (Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia), a oferta de programas de educação profissional alinhados com demandas regionais. Desta forma, reforça a atividade principal de escolas pblicas ao criar 50 mil novas vagas por semestre em todo o Brasil, o que mantém um eixo de oferta importante dentro de instituições respeitadas.

O Bolsa Formação é um dos fomentos mais marcantes e de maior relevância do Pronatec. A iniciativa dissemina a educação formal profissional: são 250 mil pessoas por semestre em mais de dez eixos do conhecimento. Seu alcance, por meio de associações com escolas técnicas e instituições de ensino superior, abrange todas as regiões do país. A oferta de programas de formação profissional é diversificada e estimula as instituições de ensino superior a pensar a educação profissional através de seus quadros de acadêmicos.

Esta talvez seja a maior aproximação da academia com o mercado de trabalho da história do Brasil. Há estímulos para que as instituições de ensino superior pensem na verticalização da Educação, por meio do estímulo ao aluno dos cursos técnicos a continuar seus estudos no ensino superior. Ao mesmo tempo, propicia a melhora da qualidade prática das instituições, que precisam investir em mais equipamentos e laboratórios para atender às características dos programas de educação profissional.

Ver jovens e adultos adentrar instituições de ensino superior, mesmo que para cumprir a jornada de um curso técnico, é pavimentar o caminho que levará o país ao protagonismo no cenário global. Assegurar que este caminho permaneça aberto e cada vez mais estruturado é o papel do novo governo.

* César Silva, presidente da Fundação FAT, atua como professor da educação profissional há mais de 20 anos.