A Argentina, com um belo gol, provável, de Messi, e outro, de Rojo, improvável, continua na Copa. Hoje, o Brasil, contra a Sérvia; e a Alemanha, contra a Coreia do Sul, devem confirmar suas vagas.
O holandês Seedorf, craque do meio- campo, disse no “Seleção SporTV” que Kroos, pelos enormes recursos técnicos, poderia jogar ainda melhor, sem dar tantos passes horizontais. Penso o mesmo. Ele tenta pouco o passe para frente e também poderia finalizar mais, pois executa isso com precisão.
Por outro lado, os grandes armadores não são apenas os que dão, de vez em quando, ótimos lançamentos para gol, mas também os que fazem as escolhas certas, erram pouquíssimos passes e não tentam passar a bola para o companheiro marcado. Além disso, Kroos é um meio-campista que inicia as jogadas no próprio campo, longe do outro gol. Não é um meia ofensivo.
Coutinho se adaptou muito bem à função de meio-campista, jogando em espaço maior. Ele não tem o domínio do jogo nem é tão organizador como Kroos, porém, avança, dribla, dá passes decisivos e é excelente finalizador. Falta à Alemanha um Coutinho, e ao Brasil, um Kroos. Os dois se completam.
Tite precisa ser mais duro, franco, com Neymar e exigir que ele pare de dar chiliques, de reclamar, de discutir e de simular, como no pênalti corretamente anulado contra a Costa Rica.
Já seu comportamento brega, fora de campo, frequente com as celebridades, é problema dele, desde que não atrapalhe o desempenho em campo. Segundo várias informações, Neymar se prepara bem para todos os jogos. Isso é o importante.
Neymar atuou os dois primeiros jogos muito aberto, recebendo a bola de costas para o lateral, o que facilita o desarme. Ele é espetacular quando entra em diagonal e se aproxima da área, onde tem a chance de finalizar, passar e driblar, uma de suas grandes qualidades. Quando perde a bola, mesmo perto da área, os Zé Regrinhas o criticam. Neymar, drible, drible, no instante certo!
Tite escalou o mesmo time que iniciou o jogo anterior. Teve bom senso em não tirar Coutinho do meio e colocá-lo na ponta. Sairia Willian.
O Brasil é favorito, porém precisa jogar bem e ter equilíbrio emocional, não entrar em pânico se a Sérvia fizer um gol nem ficar, desde o início, indeciso se pressiona ou se tem mais cuidados defensivos, já que basta o empate. Se bobear, perde.