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Criança tentou salvar colega que levou tiro nas costas

O estudante de 14 anos escorregou no sangue da própria amiga

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O estudante Patrick da Silva Pereira, de 14 anos, foi um dos sobreviventes ao ataque a tiros de um ex-aluno do colégio de Realengo, o atirador Welligton Menezes de Oliveira, e tentou salvar uma amiga durante a fuga da escola.

O aluno da Escola Municipal Tasso da Silveira contou que estava sentado no fundo da sala quando viu um homem entrar armado e começar a atirar nos estudantes que estavam na frente. Com o ataque, o chão da sala se encheu de sangue.

Assustado, Patrick pegou uma amiga pela mão e tentou correr para fora da sala, mas Wellington deu um tiro nas costas dela enquanto eles corriam. Com o impacto, a jovem caiu no chão e o adolescente chegou a escorregar no sangue da própria colega de classe.

O tio de Patrick, o motorista Elias Campista da Silva, de 33 anos, levou um susto quando viu, do lado de fora do colégio, o sobrinho com a blusa cheia de sangue e o levou para o hospital municipal Albert Schweitzer.

O estudante machucou apenas uma perna e um dedo.

O crime

Um homem armado invadiu nesta manhã a Escola Municipal Tasso da Silveira, na Rua General Bernardino de Matos, em Realengo, na Zona Oeste do Rio, e iniciou disparos, deixando 11 crianças mortas - sendo dez meninas e um menino - e 18 feridos. Depois, ele se matou, totalizando 12 mortos.

O atirador foi identificado como Wellington Menezes de Oliveira, de 24 anos, um ex-aluno da escola. Segundo uma médica, ele chegou a mostrar a carteira do colégio. Testemunhas informaram que o homem disse que iria fazer uma palestra. Ele foi para uma sala da oitava série, que fica no primeiro andar, e sem falar nada tirou uma pistola da bolsa e começou a atirar. 

A polícia chegou, e ele tentou subir para o segundo andar. Quando viu que estava cercado, deu um tiro na cabeça. Nenhum funcionário pôde se aproximar.

Os feridos foram levados para dois hospitais da região. Responsáveis pelos alunos afirmaram que o criminoso teria disparado mais de 100 vezes. As crianças da escola disseram que houve um 'grande banho de sangue'. "Foi horrível", disse o pai de um aluno em entrevista à Rádio BandNews.

 

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