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Sibéria e América do Norte irão se unir no futuro

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Em um futuro distante, a plataforma siberiana (cráton), que abrange a maioria do território da Sibéria, irá se unir à plataforma da América do Norte, e, daqui a 30 milhões de anos, o Japão vai se juntar com a Rússia, informou o diretor do Instituto da crosta terrestre de Irkutsk, Dmitry Gladkochub.

"Os resultados, modelos e elaborações, obtidos por nós, permitem-nos prever o deslocamento dos continentes em um futuro geológico distante. A previsão para os próximos 250 milhões de anos já foi feita. A plataforma siberiana irá se deslocar novamente para junto da região norte da América, ou seja, completará mais uma vez o ciclo supercontinental, formando-se, assim, um novo supercontinente", afirmou Dmitry Gladkochub, durante conferência acadêmica da Academia de Ciências da Rússia, realizada na Sibéria.

O cientista apontou que, segundo previsões de geólogos, dentro de 30 milhões de anos, as ilhas do Japão irão "se juntar" com Rússia.

Gladkochub acrescentou que, há mais do um bilhão de anos, a Sibéria e a América do Norte eram um enorme continente, cuja área ultrapassava 25 milhões de quilômetros quadrados. O supercontinente em questão, segundo o geólogo, era o núcleo do planeta, pois, ao seu redor, estavam todos os outros supercontinentes formados do período pré-cambriano.

Segundo Gladkochub, há cerca de 600 milhões de anos, a plataforma siberiana se separou da América do Norte, causando a "abertura" do oceano paleo-asiático, ou seja, foi dado o início nos processos geológicos que resultaram no deslocamento dos continentes da Terra de hoje em dia.

O cientista frisou que agora a plataforma siberiana está "soldada" na placa Eurasiática e representa a parte da Eurásia, entretanto, no período arqueano a plataforma não existia.

"As pesquisas mostram que a hipótese, que foi aceita antes pelo mundo, não deveria existir. No período arqueano, há 2,5 bilhões de anos, o cráton siberiano não era da forma como está desenhada atualmente. As microplacas de separação e a reunificação dos blocos em uma estrutura resultaram na então chamada cráton siberiana. Tal processo aconteceu há cerca de 1,9 bilhões de anos", concluiu.