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'El País': Concórdia digital

Artigo defende que Meios de comunicação e empresas tecnológicas devem progredir juntos

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O jornal espanhol El País traz em sua edição desta sexta-feira um artigo de opinião sobre a evolução da tecnologia junto aos meios de comunicação e empresas do setor. 

O texto afirma em primeira pessoa, como jornalista do El País que "graças às novas tecnologias digitais podemos chegar a milhões de pessoas às quais nunca poderíamos alcançar com os meios analógicos tradicionais e oferecer, além disso, mais e melhores histórias, em tempo real e em formatos mais atrativos. Mas para que a imprensa possa completar sua transformação digital e consolidar um modelo de negócio sustentável são necessárias duas coisas, descreve: uma boa regulamentação e uma aliança estratégica com as principais empresas tecnológicas. As duas tarefas estão, neste momento, em processo de concretização, e é crucial que terminem bem".

O editorial segue esclarecendo que em relação à primeira, a Comissão Europeia iniciou recentemente o processo de renovação das normas que regulamentam a distribuição de informação digital, normas obsoletas, pois datam de 2001, quando Facebook e Twitter não existiam. A proposta de Diretivas sobre os Direitos Autorais no Mercado Único Digital (conhecida como Diretiva do copyright), apresentada no último dia 14 de setembro, está incorporada no plano para a realização do Mercado Único Digital na União Europeia, que inclui a eliminação das barreiras para melhorar o acesso e a distribuição dos conteúdos na UE. 

A proposta, de acordo com o diário espanhol, tem aspectos que merecem ser valorizados, como a importância que é concedida aos direitos autorais em nossa indústria, assim como o interesse que mostra em ajudar aos meios de comunicação no processo de transformação digital. Contém também elementos claramente positivos, como as medidas orientadas a facilitar a transparência e a equilibrar as relações entre os autores e as pessoas ou entidades às quais cedem seus direitos.

Para El País estão equivocados, no entanto, aqueles que querem fazer desses direitos um bastião do qual poderão impor uma taxa obrigatória e irrenunciável. Trata-se de um modelo que já demonstrou seu fracasso na Alemanha, em 2013, e na Espanha, em 2014. Na época, as tentativas de impor uma taxa obrigatória ao Google pelo uso de links de notícias da imprensa provocaram uma importante queda do tráfego web do grupo Axel Springer e o fechamento na Espanha do serviço Google News.

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