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Duas rodas

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Os grandes centros, como São Paulo, estão vivenciando um novo momento quanto à mobilidade urbana. A opção do momento são os patinetes elétricos, que aceleram acirculação pela cidade e permitem a fuga dos enormes e caóticos engarrafamentos. 

Andar sobre duas rodas é uma forte tendência que tem mudado a cara das cidades, mas que já enfrenta seus primeiros entraves. A falta de regulamentação desse tipo de transporte tem colocado em questão o quanto ele pode ser benéfico ou se é só mais uma alternativa que desorganiza a vida urbana. 

E os primeiros reflexos dessa instável relação já aparecem. Em virtude do novo decreto municipal que regulamenta a utilização dos patinetes elétricos, a empresa Grow, dona dos patinetes Yellow e Grin, precisará desembolsar R$914 mil para recuperar os 1.067 veículos apreendidos pela Prefeitura de São Paulo. De acordo com a Prefeitura, somente três empresas apresentaram a documentação necessária para operar o serviço na cidade: FlipOn, Scoo e Grow. 

Para seguir fazendo parte da rotina dos paulistas, as empresas terão que solicitar credenciamento junto à SMT e entrar nas novas regras. E quem ficará de olho e será responsável pela fiscalização serão os agentes da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), as subprefeituras e a Guarda Civil Metropolitana. 

Dentre as novidades, agora será proibida a circulação na calçada, o uso obrigatório de capacete e velocidade máxima de 20km/h. Aos que infringirem, o preço a se pagar pode ser alto: além da possibilidade de responder civil, penal e administrativamente, há multas que variam de R$100 a R$20 mil. 

SNAP

A multinacional Snap Inc., responsável pelo aplicativo Snapchat, vive uma nova onda de crescimento no mercado. O aumento de mais de 180% das ações revela um caminho brilhante para recuperar o domínio social que já teve entre os adolescentes – seu grande público-alvo. 

A empresa vem, silenciosamente, se concentrando nos recursos divertidos, focando em elevar a qualidade do serviço oferecido,como novos filtros, jogos e recursos de realidade aumentada. O recente sucesso do Snapchat, e que trouxe um refresh para a plataforma no Brasil, foi o filtro de troca de gênero, que mostra uma alta evolução doaplicativo diante das novas tecnologias. 

E a resposta desse episódio? Nova visibilidade e ações elevadas, atingindo o maior nível desde julho do ano passado. 

CONSELHOS DO HE-MAN

Neymar Jr está de novo com todos os holofotes voltados para si, mas dessa vez não por causa de grandes contratos ou goleadas. O jogador do Paris Saint-Germain está sendo acusado de estupro pela modelo Najila Trindade e, diante da denúncia, utilizou seu Instagram pessoal para expor as conversas que teve com ela. 

A polêmica, desde os primeiros minutos,divide opiniões: de um lado, pessoas o acusando por ter exposto fotos íntimas da modelo e, do outro, pessoas dizendo que não houve crime já que as fotos haviam sido borradas. 

Advogados especializados na área afirmam que Neymar não cometeu crime virtual, porque as fotos estavam com tarjas e isso culmina apenas em uma infração. De acordo com a advogada especialista em Direito Penal e Processual Penal e em Direito Penal Econômico, Clarissa Hofling, Neymar tomou o cuidado de tarjar as imagens onde aparecem as partes íntimas de Najila, além de ter preservado o nome e rosto dela. Para que se configurasse o crime, a nudez deveria estar explícita.

Luiz Augusto D’Urso, professor do MBA de Marketing e Negócios Digitais da FGV,concorda que não houve crime previsto no artigo 218-c do Código Penal e ressalta que para haver crime, precisaria haver a nudez – coisa que não ocorreu. 

Contudo, em resposta, o Instagram removeu o vídeo publicado por Neymar alegandoviolação dos padrões da comunidade. Mesmo com as ressalvas já apontadas aqui, esse é um procedimento comum praticado pelas plataformas em casos como este.

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coluna | digital