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A voz das juventudes nas eleições (IV)

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Diante do cenário eleitoral da cidade do Rio de Janeiro, queremos apresentar aos nossos leitores uma variedade de jovens candidatos a vereadores que trazem em suas narrativas as pautas mais urgentes das juventudes. Nessa coluna queremos apresentar um grande colaborador dos esportes estudantis. 

Tiago Botelho tem 27 anos, é estudante de direito na PUC-Rio. Presidiu a atlética de direito da PUC de 2013 a 2015 e a Liga Jurídica Carioca em 2015. Em sua trajetória sempre buscou as melhores condições da prática e o crescimento do esporte universitário no Rio de Janeiro, bem como auxiliando na criação de novas atléticas nas mais variadas universidades do Estado. Tiago é candidato a vereador pelo Partido Renovador Trabalhista Brasileiro (PRTB). Conheça um pouco das suas propostas. 

Esporte

Durante as olimpíadas e paralimpíadas conhecemos diversas historias de superação e mudança de vida pelo esporte. Pessoas que tiveram, por meio de projetos sociais, uma oportunidade de se tornarem heróis nacionais, independente de sua origem, cor, orientação sexual ou deficiência. Esse deve ser nosso verdadeiro legado olímpico. O poder público precisa sim ocupar comunidades, mas com projetos esportivos contínuos, e não apenas eventos midiáticos em datas comemorativas. Precisa revitalizar e manter seus espaços para pratica de esportes. Precisa incentivar e promover projetos esportivos por toda a orla e praças públicas.

Transporte

O transporte público no Rio cada vez mais mostra que foi feito para as grandes empresas e não para a população. Contrariando todas as indicações razoáveis, o Rio mantem os ônibus como o principal transporte de massa, visto que o metrô não atende toda a cidade e os trens seguem em estado de aparente abandono, exceto pelas "estações olímpicas", claro. Para completar a festa, foram cortadas ou alteradas diversas linhas de ônibus e a frota foi reduzida, o que aparentemente só serviria para melhorar o trânsito no centro e na zona sul (não deu certo, diga-se de passagem). Essas linhas precisam ser estudadas e alteradas com supervisão dos maiores interessados: a população.

Administração pública.

O Rio possui um orçamento adequado para diversos serviços como saúde e educação. Entretanto, precisamos trabalhar na principal função do vereador: fiscalizar. Não adianta disponibilizar mais recursos. Precisamos de uma fiscalização efetiva de gastos com serviços essenciais.

Acredito que não faz sentido construir novos hospitais enquanto os existentes não funcionam como deveriam. Não adianta construir escolas modelo de ensino integral enquanto as já existentes mal funcionam em meio período. Não adianta construir e reformar novas praças enquanto as existentes não recebem manutenção adequada.

* Walmyr Júnior é morador de Marcílio Dias, no conjunto de favelas da Maré, é professor, membro do MNU e do Coletivo Enegrecer. Atua como Conselheiro Nacional de Juventude (Conjuve). Integra a Pastoral Universitária da PUC-Rio. Representou a sociedade civil no encontro com o Papa Francisco no Theatro Municipal, durante a JMJ.