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Coaf recebe dados de joalherias citadas em esquema de Cabral

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De acordo com a coluna de Lauro Jardim, do jornal O Globo, a força-tarefa da Operação Lava Jato no Rio de Janeiro compartilhou com o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) os dados das joalherias H.Stern, Antonio Bernardo e Sara Joias.

Segundo o colunista, a expectativa é de que o material apreendido pela Calicute renda novos procedimentos contra as três joalherias.

Em dezembro, a grife Antonio Bernardo já havia entregado à PF uma lista de 460 joias compradas por Sérgio Cabral. As compras do ex-governador só nessa joalheria totalizariam R$ 5,7 milhões. A maior parte do valor teria sido paga em dinheiro vivo por Cabral e pela sua esposa, Adriana Ancelmo.

De acordo com a denúncia do Ministério Público Federal (MPF) à Justiça na Operação Calicute, a compra de joias com dinheiro em espécie para lavagem de ativos era uma das estratégias da quadrilha de Cabral. Ele e a esposa ainda teriam joias a serem encontradas, segundo aponta a investigação em curso.

Em depoimento à Polícia Federal em novembro, a diretora comercial da H.Stern, Maria Luiza Trotta, afirmou que levava na residência do ex-governador Sérgio Cabral joias, anéis e pedras preciosas a serem escolhidos por ele e sua mulher, Adriana Ancelmo. Maria Luiza Trotta destacou que os pagamentos eram feitos em dinheiro vivo. 

A diretora afirmou na época que "chegou a vender joias no valor de até R$ 100 mil a Sérgio Cabral, tais como anéis de brilhante ou outros tipos de pedras preciosas, sendo o pagamento ainda que em tais quantias realizado em dinheiro".