Deputados da base do governo e da oposição comentaram, na tarde desta segunda-feira (20), a aprovação da venda da Cedae em votação na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).
O projeto de lei 2.345/17, que autoriza o uso das ações da Cedae para viabilizar um empréstimo de R$ 3,5 bilhões da União, foi aprovada com 41 votos a favor e 28 contra. Para a aprovação, era necessária a maioria simples dos 70 deputados.
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"É uma vergonha o que aconteceu aqui hoje. Não é privatizando a Cedae que os problemas serão resolvidos. O valor que estão cobrando pela Cedae não paga uma única folha. Por que a garantia ao governo federal não é a divida ativa, que são R$ 69 bilhões? O interesse deles é privatizar a água para outros interesses privados. Essa batalha não termina hoje. Vai haver muita resistência até este modelo de privatização ser finalizado", disse o deputado Marcelo Freixo (Psol).
O deputado Rafael Picciani (PMDB), por sua vez, destacou que o plenário é "soberano". "É fundamental que o Rio de Janeiro sinalize as medidas que garantam que o acordo com o governo federal permaneça de pé. O governo federal tem um prazo de 30 dias para enviar o projeto ao Congresso, e nós acreditamos que isso será feito. A votação de hoje abre uma grande janela de esperança para que os salários sejam colocados em dia. A Casa só apreciará novas medidas quando os salários forem colocados em dia", reforçou.
O deputado Luiz Paulo (PSDB) frisou, porém, que não há nenhuma garantia que a operação terá sucesso. "Há muita água ainda para rolar debaixo desta ponte. Queremos que a modelagem desta operação também seja feita pelo parlamento", disse, acrescentando que projeto tem inúmeras inconstitucionalidades.
Já o deputado André Correa (DEM) defende que a produção da água continue com o estado. "Ao longo desse um ano de debate sobre a modelagem, nós vamos trabalhar para este modelo. Mas a gente entende que, no momento, este é o único caminho que o estado tem para vencer outros obstáculos e voltar à normalidade. O estado do Rio está à beira de um caos social. Sem esta ajuda do governo federal, a outra alternativa é o caos."
* do projeto de estágio do JB