Cenas cotidianas de praias cariocas viram arte
Fotografar na praia já foi fácil. Lá nos anos 70, 80, um fotógrafo era recebido de braços abertos pelas tribos que frequentavam as areias cariocas. O tempo passou e o que ficou difícil nos anos 90 virou quase impossível nos dias de hoje. Sacar uma Canon no calçadão é promessa de confusão.
O direito de imagem é levado tão a sério atualmente que a solução do fotógrafo Rogério Reis, um apaixonado por personagens que habitam este cenário tão democrático da cidade, foi distribuir tarjas e formas geométricas coloridas sobre o rosto das pessoas. Portanto, da dificuldade surge o trabalho “Ninguém é de Ninguém”, um projeto iniciado há três anos, e que agora chega à Galeria da Gávea, dia 16 de abril, com 22 fotografias, seis delas em série inédita, intitulada Paisagens Humanas.