130 anos de Khalil Gibran
Uma exposição na cidade de São Paulo com mais de 50 pinturas, documentos, cartas e manuscritos de Khalil Gibran marca os 130 anos do escritor libanês, nascido no norte do Líbano, em Bsharri. A mostra, exposta pela primeira vez na América do Sul, traz à tona a importância do escritor, autor de “O Profeta”, para literatura mundial e, além disso, explora o lado filosófico e da poesia também abordado por Gibran.
Khalil Gibran, também conhecido como o Poeta do Amor, ou o Dante do Século XX, inicialmente, dedicou-se a escrever livros apenas na língua árabe e, assim, produziu os seus sete primeiros títulos. Entre eles, “A Música”, “As ninfas do Vale” e “Temporais”. Após essa fase, passou a escrever, também, títulos traduzidos para o inglês, como o renomado “O Profeta”, datado de 1923, obra esta que inspirou a literatura do brasileiro Paulo Coelho. Sobre essa obra, Gibran, certa vez, falou: “Esse profeta me colocou no mundo antes que eu tivesse concebido, ele me modelou antes que eu tivesse pensado em lhe dar forma e, enfim, ele me ordenou andar mudo no seu encalço, durante sete mil léguas, antes que ele parasse para me ditar suas tendências e suas intenções”.
Outro livro de destaque é “Asas Perdidas”, obra onde ele narrou a sua primeira história de amor. A beleza e a espiritualidade dos textos de Gibran, certamente, inspiraram muitos escritores e conquistaram milhares de admiradores do escritor. Através da sua obra, Gibran levou aos seus leitores mensagens de reconciliação, tolerância, paz, fraternidade e de perdão. Ele faleceu em Nova Iorque, no dia 10 de abril de 1931. “Que vosso encurvamento na mão do arqueiro seja vossa alegria: Pois assim como ele ama a flecha que voa,Ama também o arco que permanece estável” (trecho de “O Profeta”).
*Antônio Campos - advogado, conselheiro federal da OAB, escritor, editor, membro da Academia Pernambucana de Letras e curador da Fliporto.