BEM VIVER

Seletividade alimentar afeta metade da população de crianças e adolescentes do espectro autista

Déficit no consumo de nutrientes pode trazer restrições que prejudicam o desenvolvimento, alerta especialista

Por BEM VIVER
redacao@jb.com.br

Publicado em 29/03/2025 às 14:47

Alterado em 29/03/2025 às 14:47

Recusa alimentar, pouco apetite e desinteresse pelo alimento são comportamentos típicos de quem apresenta TEA (Transtorno do Espectro Autista). Pesquisa publicada na Revista da Associação Brasileira de Nutrição (Rasbran) aponta que 53,4% de crianças e adolescentes com o distúrbio têm seletividade alimentar. A disfunção pode apresentar consequências pouco evidentes para esta população, mas ainda assim muito graves, como a deficiência de nutrientes essenciais, anemia e fragilidade óssea.

Um estudo complementar sobre a suplementação de nutrientes em crianças com TEA, publicado no Brazilian Journal of Health Review, mostra níveis baixos de vitaminas e minerais, no entanto indicam melhora de disfunções secundárias do autismo quando o auxílio suplementar adequado é adotado.

O resultado das pesquisas vai ao encontro do que a Dra. Camila Milagres, referência no tratamento do autismo, destaca sobre “prestar atenção aos cuidados essenciais para que essas pessoas tenham benefícios que estejam presentes no seu dia a dia”.

Médica e pesquisadora, Camila Milagres possui um extenso histórico de pesquisas na área do autismo e suplementação, inclusive ministrando cursos para pais e cuidadores de pessoas no espectro autista. Ela é a corresponsável pela elaboração do suplemento alimentar lançado pela Volcanic, multinacional especializada em fitoterápicos, voltado para crianças e adultos com Transtorno do Espectro Autista, o NeuroBalance ASD. Elaborado a partir de estudos científicos, o produto busca ajudar nas disfunções secundárias que afetam pessoas no espectro autista.

O produto conta como principal ativo a palmitoiletanolamida (PEA), que ajuda a regular a agressividade e a irritabilidade e é um neuroprotetor que também possui ação analgésica e anti-inflamatória. Por isso, o suplemento também conta com trans-resveratrol, vitamina D e coenzima Q10, ingredientes essenciais para suporte neurológico, além de antocianinas de sementes de uva, que auxiliam na comunicação e desenvolvimento da fala.

Sobre o TEA

O dia 2 de abril é o Dia Mundial de Conscientização do Autismo, e o mês de abril é conhecido como o "Abril Azul". Cerca de 70 milhões de pessoas possuem Transtorno do Espectro Autista, em todo o mundo, segundo pesquisa divulgada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2024. No Brasil, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) realizou seu primeiro levantamento sobre o tema no Censo, em 2022, que ainda não teve seus dados divulgados ao público.

Observa-se um aumento exponencial do autismo, segundo estudo do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos de 2020, revela que 1 a cada 36 crianças americanas com menos de 8 anos têm autismo, contra 1 em 150 crianças há 20 anos.

O desenvolvimento da formulação dos suplementos para TEA da Volcanic, liderado pelo diretor médico e de inovação da Volcanic, Dr. J. R. Lazzarini, teve início há dois anos com a contratação da Dra. Camila Milagres, que reuniu uma equipe multidisciplinar de especialistas e pesquisadores de universidades brasileiras.

Deixe seu comentário