Sete dicas para combater a alta do colesterol

O controle da taxa no organismo reduz o risco de doenças cardiovasculares

Por redacao@jb.com.br

Alimentação saudável: compreende uma alimentação rica em fruta, legumes, folhas, carne branca e substituição do óleo por azeite no preparo das refeições

O dia 8 de agosto é marcado como o Dia Nacional de Combate ao Colesterol. Considerado um dos fatores determinantes para o surgimento de doenças cardiovasculares, o elevado índice de gordura no organismo atinge 40% da população brasileira, de acordo o Estudo de Riscos Cardiovasculares em Adolescentes (Erica). Dados do Ministério da Saúde corroboram esta informação e apontam que quatro em cada dez brasileiros tem colesterol alto e 20% dos adolescentes, de 12 a 17 anos, também têm os índices elevados. O Instituto Lado a Lado pela Vida (LAL), organização da sociedade civil que atua na área da saúde e tem as doenças cardiovasculares entre suas principais causas, alerta os brasileiros sobre a importância do controle do colesterol, um dos mais sérios fatores de risco para as doenças do coração, assim como a hipertensão e o diabetes.

“A quantidade elevada de glicose no sangue, o aumento da pressão arterial, juntamente com o colesterol elevado, aumenta a probabilidade da formação de placas que obstruem as artérias. E, nesse quesito, as sete dicas que compartilhamos também ajudam a controlar tais comorbidades”, alerta o cardiologista Fernando Costa, membro do Comitê Científico do LAL. Fernando Costa reforça que as orientações são voltadas para a diminuição do LDL e aumento do HDL e que, além das dicas, é importante manter o calendário de consultas, tanto quem utiliza o SUS (Sistema Único de Saúde) quanto os pacientes da saúde suplementar.

O colesterol, ao contrário do que é sabido, tem funções benéficas como produção de hormônios, absorção de vitaminas, produção de vitamina D, além de ações que melhoram o funcionamento do sistema vascular. Ele pode ser classificado em dois tipos: HDL (bom), LDL (ruim). O primeiro carrega as gorduras das artérias para o fígado, já o segundo transporta do fígado para os tecidos e pode se acumular nas artérias. “O grande problema é o seu valor elevado e as lesões de uma camada específica das artérias, chamada endotélio. Elas podem ser agravadas pela hipertensão arterial, diabetes, obesidade, fumo, sedentarismo e estresse. Tal cenário propicia a aterosclerose, que é a obstrução das artérias”, explicou o cardiologista.

O Instituto LAL reforça ainda que colesterol alto não acomete somente pessoas com obesidade ou sobrepeso, pois o colesterol genético pode acometer pessoas magras. Por isso, fica o alerta para quem tem pais e irmãos com colesterol alto, pois a chance de ter também são maiores e se tornam pessoas com maior risco de sofrer um infarto ou um AVC (acidente vascular cerebral). Isso ocorre porque os níveis de colesterol no sangue dependem da taxa de remoção do colesterol pelo fígado, que é genética.

Outra importante recomendação para que todos façam o controle permanente do colesterol é o fato que na maioria das vezes, o colesterol alto não apresenta sinais ou sintomas. O cardiologista reforça ainda que não há uma taxa única recomendável para todos. Os níveis recomendados variam de acordo com o risco cardiovascular que a pessoa apresenta. A nova Diretriz Brasileira de Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose, da Sociedade Brasileira de Cardiologia, recomenda:

Colesterol total: menor que 190 mg/dl.
Colesterol HDL (bom): maior que 40 mg/dl.
Colesterol LDL (ruim):
menor que 130 mg/dl: em pessoas com risco cardiovascular baixo.
menor que 100 mg/dl: em pessoas com risco cardiovascular intermediário.
menor que 70 mg/dl: em pessoas com risco cardiovascular alto.
menor que 50 mg/dl: em pessoas com risco cardiovascular muito alto.
*Valores de referência do perfil lipídico para adultos maiores de 20 anos.

As 7 dicas

1 - Não fumar: o cigarro aumenta as probabilidades de uma doença cardiovascular. Ele favorece a formação de placas nos vasos sanguíneos.

2 - Alimentação saudável: compreende uma alimentação rica em fruta, legumes, folhas, carne branca e substituição do óleo por azeite no preparo das refeições.

3 - Exercício físico: a prática de qualquer exercício físico, pelo menos, três vezes por semana.

4 - Controlar o estresse: o fator emocional interfere diretamente no funcionamento do organismo. Seu controle é indispensável para uma vida mais saudável. Assistir uma série ou filme, passar um tempo com amigos, família e se desligar das obrigações temporariamente são algumas saídas.

5 - Estar atento ao peso: é importante acompanhar junto a um profissional de nutrição meios de manter um peso corporal que não interfiram na qualidade de vida.

6 - Evitar alimentos ultra processados: esses alimentos são ricos em gordura saturadas, o que interfere diretamente no aumento do colesterol ruim (LDL) no organismo. Entre os principais estão as comidas congeladas (batata frita, lasanha, nuggets), fast food no geral e salgadinhos.

7 - Inclusão de frutas oleaginosas na dieta: as castanhas, nozes, pistache são exemplos de frutas que aumentam a quantidade de HDL (colesterol bom) no organismo.

Sobre Instituto Lado a Lado Pela Vida

Fundado em 2008, o Instituto LAL é a única organização social brasileira que se dedica simultaneamente às duas principais causas da mortalidade - o câncer e as doenças cardiovasculares - além do intenso trabalho relacionado à saúde do homem.