BRASIL
Pastora evangélica, apoiadora de Lula e desafeto de bolsonaristas: a história da irmã Mônica
Por Gabriel Mansur
redacao@jb.com.br
Publicado em 22/05/2023 às 17:19
Alterado em 22/05/2023 às 17:46

Influencer evangélica com mais de 170 mil seguidores no Instagram, sendo 40 mil conquistados nos últimos cinco dias, a irmã Mônica voltou à mídia na semana passada após ser fortemente humilhada em TV nacional pela bolsonarista Antonia Fontenelle.
Antônia ofendeu Mônica porque a líder religiosa compartilhou um vídeo em que aparece fazendo o "L" (de Lula) em gratificação à redução do preço dos combustíveis. No caso, a apresentadora do programa "Morning Show", da Jovem Pan, chamou a pastora de “esse tipo de gente ignorante, esses pobres miseráveis de alma, de espírito, de educação”.
O caso viralizou ao ponto do youtuber Felipe Neto, desafeto de longa data de Fontenelle, oferecer seu time jurídico para a irmã processar a apresentadora. Hoje, o processo corre civil e criminalmente na Justiça.
Aliás, ele e o irmão Luccas Neto venceram um processo contra a apresentadora, que foi condenada a pagar R$ 50 mil para cada um por publicar vídeos editados, associando os dois à prática de pedofilia.
Voltando à irmã Mônica, é importante lembrar que não é a primeira vez que ela provoca ódio (sim, essa é a palavra) no bolsonarismo.
A pastora, que parece ter livre trânsito no Palácio do Planalto, embora ainda não tenha conhecido “seu presidente”, como chama carinhosamente Lula, costuma desmistificar as narrativas de Jair Bolsonaro (PL), a quem chama de "diabo", a despeito da força do ex-presidente no segmento evangélico.
Quem é a irmã Mônica?
Mônica faz parte da Congregação Cristã no Brasil (CCB), igreja de matriz pentecostal. Ela publica vídeos bem-humorados com temática evangélica, além de críticas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e posicionamentos favoráveis ao atual governo de Luiz Inácio Lula da Silva.
Moradora de Brasília, ela ficou conhecida por vídeos em que aparece vestida sempre com blusas que cobrem o ombro e saias abaixo do joelho, pedindo respeito às pessoas LGBTQIA+, pessoas com deficiência e mulheres. Opiniões essas que vão de encontro à orientação da alta cúpula da igreja da qual faz parte.
O discurso da religiosa mais contundente, no entanto, é a favor da prisão do ex-presidente Bolsonaro, recorrentemente assunto nos vídeos dela. Enquanto uma onda evangélica endossou o discurso antipetista, a irmã Mônica foi às ruas “profetizar” para que Luiz Inácio Lula da Silva fosse eleito presidente pela terceira vez.