Governo dará auxílio emergencial e alimentos para cidades afetadas por ciclone no Sul
Para cálculo do repasse, o governo vai considerar o valor de R$ 800 por pessoa afetada
Enquanto Lula está em Nova Dheli, na Índia, representando o Brasil no G-20, o presidente em exercício Geraldo Alckmin, sob chancela do titular, enviará recursos da União para as prefeituras do Rio Grande do Sul em situações de calamidade e de emergência, devidamente reconhecidas pelo Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional (MDR), por conta do ciclone que já matou 41 pessoas e deixou outras 45 desaparecidas nos últimos dias.
Para cálculo do repasse, o governo vai considerar o valor de R$ 800 por pessoa afetada.
Alckmin esclareceu que os recursos serão do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS): "Nós vamos liberar R$ 800 por pessoa para que os governo locais possam prestar atendimento a quem perdeu suas moradias", disse o vice-presidente logo após reunião com dez ministros no Palácio do Planalto.
O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, explicou que a transferência de recursos dependerá da apresentação, pelas prefeituras gaúchas, da relação de pessoas afetadas pelas fortes chuvas.
Wellington Dias destacou que, apesar de 79 municípios terem a situação de calamidade reconhecida pelo governo federal, este número pode aumentar.
"O reconhecimento poderá chegar hoje a 83 municípios. Agora, cada município apresentará ali a relação dos números de desabrigados e nós estamos autorizados a atender todos".
Comitiva
O ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência, Paulo Pimenta, anunciou que o presidente em exercício vai liderar uma comitiva de ministros em uma visita aos municípios do Rio Grande do Sul, na manhã do próximo domingo (10). Os integrantes do governo federal vão desembarcar em Lajeado e deverão ir a Roca Sales e Arroio do Meio.
“Nós vamos, mais uma vez, reunir com o governo do estado, reunir com os prefeitos, visitar regiões atingidas para organizar, ainda mais, esse apoio necessário que o governo federal está disponibilizando para o governo do estado e para as prefeituras, especialmente para as comunidades mais atingidas”, disse Pimenta.
Alimentos
Alckmin confirmou ainda o envio de 20 mil cestas de alimentos. Destas, 5 mil chegarão neste domingo.
Além disso, uma sala de situação do governo federal será instalada no Rio Grande do Sul para reforçar os trabalhos de atendimento emergencial às cidades atingidas pelo ciclone extratropical. A coordenação deste grupo ficará a cargo do comandante do Comando Militar do Sul, general de Exército, Hertz Pires do Nascimento.
Lula
Geraldo Alckmin ocupa o cargo de presidente durante a viagem de Luiz Inácio Lula da Silva a Nova Déli, na Índia, para participar da Cúpula do G20.
Perguntado pelos jornalistas sobre o motivo de Lula não ter visitado as vítimas do ciclone no Rio Grande do Sul, Alckmin afirmou que o governo está empenhado em solucionar a questão.
"Os seus ministros estiveram lá [na quarta-feira]. O presidente [Lula] tinha, ontem, o 7 de Setembro e não tinha como sair. No dia anterior, [o presidente Lula] teve uma indisposição de saúde, mas todo o governo está empenhado em atender a região".
No Twitter, Lula afirmou que orientou o governo a estar "de prontidão".
"Prontamente, o @geraldoalckmin, e os ministros e ministras do nosso governo, formaram um comitê permanente de apoio ao Rio Grande do Sul. Estamos atuando em todas as frentes. Maquinário, tratores, distribuição de 20 mil cesta de alimentos e kits de saúde para cerca de 15 mil pessoas estão sendo disponibilizados", afirmou.
Situação
As chuvas intensas provocaram 41 mortes, segundo o último balanço da Defesa Civil do estado, divulgado na noite de quinta-feira (7). Há ainda 46 pessoas desaparecidas, 73 feridos, 3.046 desabrigados e 7.781 desalojados, em 83 cidades. A estimativa do governo estadual é que mais de 120 mil pessoas tenham sido afetadas.
Com Agência Brasil