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Empresa que reconstruirá Ponte do Estreito será contratada este ano

Por JORNAL DO BRASIL
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Publicado em 25/12/2024 às 12:11

Alterado em 25/12/2024 às 12:11

Empresa que reconstruirá Ponte do Estreito será contratada este ano Agência Brasil

O Ministério dos Transportes publicou nessa terça-feira (24) portaria para a contratação de empresa para reconstruir a ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira (Ponte do Estreito), localizada na divisa entre o Maranhão e Tocantins.

No domingo (22), o vão central da ponte, que liga os municípios de Estreito (MA) e de Aguiarnópolis (TO), cedeu e derrubou pelo menos 10 veículos, entre os quais quatro caminhões, três carros de passeio e três motocicletas.

A publicação da portaria viabiliza a contratação emergencial, ainda neste ano, da empreiteira responsável pelo projeto e a execução das obras.

Segundo a pasta, cerca de R$ 100 milhões devem ser investidos para a reconstrução da ponte. A obra deve levar cerca de um ano para ficar pronta.

De acordo com o Corpo de Bombeiros do Maranhão, pelo menos quatro pessoas (três mulheres e um homem) morreram no desabamento. Treze pessoas continuam desaparecidas. 

Agência vai analisar qualidade da água do Rio Tocantins

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira (24) que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). As análises se justificam pela informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

Conforme nota da ANA, o foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A agência informou também que, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais para detectar "os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d´água do rio Tocantins".

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No que diz respeito aos defensivos agrícolas, a nota aponta que "ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas".

Por causa da natureza tóxica das cargas, no domingo e ontem (23), não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou hoje (24) a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Na quinta-feira (26) está prevista a reunião da "sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins".

Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

O Rio Tocantins é o principal da bacia Tocantins – Araguaia, tendo grande potencial para geração de energia e alta navegabilidade em vários trechos, além do abastecimento de água para vários municípios da região. (com Agência Brasil)