Moraes pisa no freio de arrumação da Abin; sob Bolsonaro, agência grampeou telefones sem ordem judicial

A Polícia Federal está nas ruas em operação que cheira muito mal

Por INFORME JB

Bolsonaro cumprimenta Ramagem durante posse como chefe da Abin

Quem não se lembra das cenas lamentáveis da tal reunião de ministros de Bolsonaro, quando o então poderoso chefão gritou para quem quisesse ouvir, salivando bilis, que ele não esperaria "foder" com sua família, e que iria tomar uma providência, afastando até o ministro da Justiça (Moro, todo borrado), caso não tivesse as "informações" que ele queria ter, sabe-se lá quais e por quê?

Pois bem. 

Sabe-se agora que tais "informações" requeridas pelo presidente das rachadinhas e dos imóveis comprados com dinheiro vivo eram sobre seus inimigos políticos.

E como Bolsonaro e asseclas chegaram às tais "informações"?

Grampeando, via Abin, sem ordens judiciais, políticos da oposição e jornalistas críticos ao seu "regime" de governo. 

(convém excluir o leite condensado desse "regime")

A Abin era chefiada pelo hoje deputado federal Ramagem.

Que turma é essa? Ninguém se salva do atoleiro.

Conta a Agência Brasil:

"A Polícia Federal deflagrou, nesta sexta-feira (20), a Operação Última Milha, com o objetivo de investigar o uso indevido, por servidores da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), de um sistema de geolocalização de dispositivos móveis, sem a devida autorização judicial.

De acordo com a PF, 25 mandados de busca e apreensão e dois mandados de prisão preventiva estão sendo cumpridos. Também estão sendo realizadas “medidas cautelares diversas da prisão,” nos estados de São Paulo, Santa Catarina, Paraná, Goiás e no Distrito Federal.

As medidas judiciais foram expedidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF). “O sistema de geolocalização utilizado pela Abin é um software intrusivo na infraestrutura crítica de telefonia brasileira. A rede de telefonia teria sido invadida reiteradas vezes, com a utilização do serviço adquirido com recursos públicos”, informou em nota a PF."

Por "STF" no parágrafo acima, leia-se Alexandre de Moraes, que afastou de pronto o número 3 da Abin, Paulo Maurício Fortunato Pinto.

A pergunta que não quer calar é a seguinte: por que Moraes não mandou a PF em cima do Ramagem ou mesmo na casa do Bolsonaro?

Prender só a patuleia denota covardia.

A ver.