INFORME JB
Nate Silver adverte para crescimento de Trump; Kamala teria perdido impulso
Por GILBERTO MENEZES CÔRTES
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Publicado em 15/10/2024 às 07:42
Alterado em 15/10/2024 às 07:42
A pouco mais de três semanas do encerramento das eleições nos Estados Unidos, em 5 de novembro, Nate Silver, um dos mais renomados analistas eleitorais americanos, está vendo um preocupante crescimento de Donald Trump no mês de outubro, o que pode deixar a disputa pela Casa Branca praticamente empatada entre a vice-presidente Democrata, Kamala Harris, e o ex-presidente, do Republicano.
Na pesquisa nacional, Kamala perdeu impulso. Ela segue liderando no voto direto por 49,9% a 46,5% de Trump. Mas a diferença, que era de mais de 3,6 pontos no fim de setembro, estreitou para 3,4 pontos.
O que conta para eleger o presidente nos Estados Unidos é o candidato formar maioria em cada um dos colégios eleitorais dos 50 estados e mais o distrito de Colúmbia, sede da capital, Washington. O vencedor leva o colégio, salvo em dois pequenos estados. Quem fizer metade mais um dos 538 votos do Colégio Eleitoral torna-se presidente. Biden venceu Trump por 306 a 232 votos.
Agora, Nate Silver vê uma disputa acirrada nos chamados “estados-pêndulo”, que têm decidido as três últimas eleições.
Divisão é estratificada
Assim como os estados do Nordeste votam em Lula e nos candidatos que ele apoia, e os do Sul e do Centro-Oeste votam com Bolsonaro, nos EUA há estados tradicionalmente democratas, como a Califórnia (que tem 54 votos no Colégio Eleitoral), ou republicanos, como o Texas (40 votos). A Flórida, com 30 votos, é o 2º maior estado pró-republicanos. Nova Iorque é o 2º democrata, com 28 votos.
Numa divisão geográfica, os estados do Oeste (Washington, Oregon, California) costumam votar com os democratas. O mesmo ocorre no Leste e nos estados do Nordeste, que marcham com os democratas. Os estados do Meio-Oeste são mais conservadores e votam com os republicanos.
O critério de votos é determinado pelo tamanho da população e dos eleitores. Em relação à eleição de 2020, os dois maiores colégios republicanos ganharam três votos (dois no Texas e um na Flórida) e os democratas perderam dois (um na Califórnia e um em Nova Iorque), mas os democratas ainda vencem por 72 a 70 votos nos quatro maiores colégios.
Voto já começou
Nos EUA, o voto não é obrigatório e a votação, a rigor, já começou pelo voto antecipado pelo correio. Por isso, Nate Silver diz que é preciso acompanhar com lupa a marcha das pesquisas nos estados-pêndulos, onde Harris e Trump estão concentrando seus esforços.
Os colégios de Harris
Um dos principais campos de batalha nos estados-pêndulo é a Pensilvânia, que tem 19 votos no colégio. Harris lidera por 48,9% a 47,8% de Trump.
No levantamento de Nate Silver, nessa segunda-feira (14), quando foram maiores as pesquisas de institutos vinculados aos republicanos, Harris lidera ainda em:
Para reverter o avanço de Trump sobre o eleitorado negro, o ex-presidente Barak Obama mergulhou firme na campanha nos estados da Geórgia e Pensilvânia. E o ex-presidente Clinton está em campanha no Tenesse e no Arkhansas, onde foi senador e governador.
De onde vieram os votos, no Rio
O MapVoto, da Kartor Consultoria, de Cláudio Magalhães, fez o mapeamento da origem dos 60,47% dos votos recebidos pelo prefeito reeleito Eduardo Paes (PSD). A seção onde Paes recebeu mais votos – sendo quase coroado Imperador – foi na Escola Padre Carlos Henrique Souza, em Guaratiba, onde teve 81,5% dos votos.
Vila militar vota em Ramagem
Já o deputado federal Alexandre Ramagem, que tinha colhido mais votos em 2020 na Escola Rodrigues Alves, na Barra da Tijuca, e ficou com 30,81% dos votos para prefeito, só conseguiu superar Eduardo Paes na Vila Militar. Na seção da Escola Rosa da Fonseca, teria sido eleito, com 59,2% dos votos.
Já o professor Tarcísio Mota, do Psol, que ficou com 4,20% dos votos, teve a maior votação no Colégio Angelorum, na Glória, com 15,8%. E o deputado Marcelo Queirós, brindado com 2,44% dos votos, teve a maior votação no Ciep Hélio Schmidt, na Maré, onde obteve 13,2% dos votos válidos.