JUSTIÇA
Alexandre de Moraes diz que justiça eleitoral defenderá eleitor contra manipulação das redes sociais
Por JORNAL DO BRASIL com Agência Estado
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Publicado em 20/04/2024 às 07:45
Alterado em 20/04/2024 às 07:45
Gabriel Vasconcelos - O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, subiu o tom há pouco contra o que chamou de “irresponsáveis mercantilistas das redes sociais” que se unem a políticos extremistas no Brasil.
Em discurso no lançamento do projeto do Museu da Democracia, no Rio de Janeiro, Moraes não citou o bilionário Elon Musk, dono da rede social X, mas usou a parte final de sua fala para responder indiretamente às suas provocações em uma espécie de aviso, também endereçado ao grupo político do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Moraes citou “políticos autoritários e extremistas”, que se unem por conveniência ao poder econômico das redes sociais. A fala vem na antevéspera do ato convocado por Bolsonaro para domingo, na orla da praia de Copacabana, também no Rio.
“O Museu da Democracia vai combater abuso de poder político e poder econômico que reiteradas vezes querem ameaçar a democracia brasileira. Essa antiquíssima mentalidade mercantilista que volta a atacar a soberania do Brasil e a Justiça Eleitoral, com a união de irresponsáveis mercantilistas ligados às redes sociais com políticos brasileiros extremistas”, disse Moraes.
“A Justiça Eleitoral continuará a defender a vontade do eleitor contra a manipulação do poder encômio das redes sociais, algumas que só pretendem o lucro e exploração sem qualquer responsabilidade”, continuou
O ministro terminou o discurso dizendo que o judiciário brasileiro e sua fileira eleitoral estão “acostumados” a combater “mercantilistas estrangeiros que tratam o Brasil como colônia” e “políticos extremistas” que “preferem se subjugar a interesses internacionais do que defender o desenvolvimento do Brasil”.
Moraes, que veio ao Rio na condição de presidente do Tribunal Superior Eleitoral, discursou ao lado do governador do Rio, Claudio Castro (PL), correligionário e aliado de primeira hora de Bolsonaro, do prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), e do ministro do Superior Tribunal de Justiça e corregedor nacional de Justiça, Luís Felipe Salomão. Também estavam presentes uma dezena de desembargadores e políticos locais.
O museu, que será concebido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) ficará sediado no Centro Cultural da Justiça Eleitoral, no centro do Rio, para contar a história das eleições livres e relembrar traumas da vida republicana, como as ditaduras Vargas e Civil-Militar, além da presumida tentativa de golpe em 8 de janeiro de 2024.