Futuro indeterminado

Por TARCISIO PADILHA JUNIOR

'Nem sempre sou
da minha opinião'
                                       Paul Valéry

 


"Não há um método prefixado e automático que indique quando é preciso perguntar", diz Josep M. Esquirol.

Perguntar põe a descoberto a dimensão do problema, ele próprio se mostra de outra maneira, aumenta nossa capacidade de conhecimento.

Porém, as nossas máquinas e os nossos artefatos nos separam do simples e do conhecimento de nós mesmos.

Um conhecimento que transcende a própria individualidade, promovendo concretamente uma reflexão sobre relevância do bem comum.

Reforça ideia de fazer recuar a ignorância, graças às possibilidades ofertadas por esse mesmo conhecimento.

É possível que sejam mais urgentes ideias criativas que possam sanar problemas concretos, talvez triviais, na simplicidade do cotidiano.

Ter visão limitada e percepção seletiva são entraves ao esforço de aumentar participação política do cidadão.

Fazendo da urgência e do sofrimento o motor de suas ações, o cidadão trava conhecimento da fragilidade da própria condição humana.

Ações cooperativas normalmente trazem vantagens ponderáveis em relação às ações estritamente individuais.

Futuro indeterminado, mais do que o momento presente, fornece horizonte pertinente de responsabilidade ao exercício da cidadania.


Engenheiro, é especialista em gestão de pequenos empreendimentos