ARTIGOS
Próprio fim
Por TARCISIO PADILHA JUNIOR
Publicado em 28/12/2024 às 13:46
'Julgar as partes
por suas práticas'
Raymond Aron
Bourdieu diz que historicamente as produções culturais mais elevadas da humanidade foram realizadas contra índices de audiência.
Cultura essencialmente contribui para modificar nosso modo de encarar questões fundamentais da existência.
Requer buscar compreender hoje o que se diz - e sobretudo o que não pode ser dito - mediante livre acesso aos meios à disposição.
Hoje, diversos efeitos da tecnologia conjugam-se objetivamente para provocar transtornos no domínio cultural.
A tecnologia faz aparecer situações novas, no nível de decisões, e também no nível de princípios orientadores à tomada de decisões.
Diversas práticas suportadas pela tecnologia, mesmo por ela inspiradas, tendem a tomar-se por seu próprio fim.
"Como posso estar certo de que essas ideias correspondem à realidade do mundo?" (Jean Ladrière, filósofo que estudou paradigmas).
Um aumento do domínio do homem sobre a natureza deixou muitos deslumbrados, à exceção dos mais atentos.
A interação entre objeto tecnológico e instância econômica menos dependente de circunstâncias acidentais, na realidade da empresa.
Talvez mais preocupante atualmente é assumir a tecnologia como uma expressão elevada do desenvolvimento.
Engenheiro, é especialista em gestão de pequenos empreendimentos