POLÍCIA

PF confirma que homem-bomba queria 'matar ministros' do STF

Andrei Rodrigues alertou para 'grupos extremistas ativos'

Por JB POLÍCIA
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Publicado em 14/11/2024 às 12:49

Alterado em 14/11/2024 às 12:49

Áreas interditadas no entorno da Praça dos Três Poderes Foto: Ansa

O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, confirmou nesta quinta (14) que o homem-bomba Francisco Wanderley Luiz queria "matar ministros" do Supremo Tribunal Federal (STF) no ataque dessa quarta-feira (13) na Praça dos Três Poderes, em Brasília, e alertou para a atuação de "grupos extremistas" no Brasil.

"Há indícios de planejamento de longo prazo. Essa pessoa esteve em Brasília no começo do ano de 2023", afirmou o dirigente, acrescentando, por outro lado, que "ainda é cedo para dizer" se Luiz participou dos atos golpistas de 8 de janeiro.


Andrei Rodrigues, da Polícia Federal José Cruz/Agência Brasil

A PF trabalha com as hipóteses de atentado "terrorista" ou de "tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito". "Esse caso não foi um fato isolado e se conecta com outras investigações", declarou Rodrigues.

De acordo com o diretor da PF, os explosivos carregados por Luiz foram construídos "de maneira artesanal", porém com "grau de lesibilidade muito grande". O arsenal do agressor incluía um extintor de incêndio carregado de gasolina, simulando um lança-chamas, fogos de artifício detonados no porta-malas de seu carro remotamente e bombas caseiras.

"Quero fazer um registro da gravidade dessa situação, que aponta que grupos extremistas estão ativos e precisam que atuemos de maneira enérgica", salientou Rodrigues.

Luiz tinha 59 anos, era chaveiro e estava no Distrito Federal havia três ou quatro meses. A casa que ele alugava em Ceilândia, a 30 quilômetros da Praça dos Três Poderes, passou por varredura da polícia, que desarmou artefatos potencialmente explosivos.

O agressor morreu ao acionar uma bomba sob a própria cabeça, e seu corpo foi removido do local após mais de 13 horas. "Parece que essa pessoa tentou entrar no prédio do Supremo, não conseguiu e fez o que fez", explicou Rodrigues. (com Ansa)

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