POLÍTICA

Brics são um 'sucesso' e Brasil trabalha para sua expansão, diz chanceler Mauro Vieira

Os ministros de Relações Exteriores dos cinco países dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) discutiram a entrada de novos membros em encontro na cidade do Cabo, na África do Sul

Por POLÍTICA JB
[email protected]

Publicado em 04/06/2023 às 06:10

Alterado em 04/06/2023 às 07:57

O chanceler Mauro Vieira Foto: Folhapress / Ton Molina

O chanceler brasileiro, Mauro Vieira, participou do encontro que reuniu os ministros de Relações Exteriores do grupo, que terminou na sexta-feira (2), uma prévia da próxima cúpula dos Brics prevista para agosto, também na África do Sul.

Segundo a Agência Brasil, o chanceler brasileiro alegou que devido à história de sucesso do bloco, muitos países estão interessados em aderir ao grupo.

"Talvez por causa desse grande sucesso dos Brics, o [grupo] atraiu a atenção de muitos outros países em 15 anos. Estamos trabalhando nessa questão da expansão. Temos que assessorar nossos presidentes para o próximo encontro da cúpula dos Brics, em agosto".

O bloco tem se debruçado sobre os desafios político-econômicos que se apresentam no cenário global. Um de seus principais ativos é Novo Banco de Desenvolvimento (NDB, na sigla em inglês), agora presidido pela ex-presidente, Dilma Rousseff (2011–2016), cujo objetivo é estimular o desenvolvimento no Sul Global através de acesso ao crédito.

Na última terça-feira (30), Dilma destacou que uma das questões prioritárias para o NDB é o papel das moedas no cenário econômico internacional, e afirmou que o empréstimo financeiro em moedas locais é outra das prioridades do banco, uma vez que as moedas do bloco não são conversíveis e a economia global enfrenta uma forte tendência de desdolarização.

O embaixador da África do Sul no Brics, Anil Sooklal, afirmou que "vemos uma erosão da arquitetura multilateral global, medidas unilaterais e sanções unilaterais estão se tornando a norma diária [...] e os países querendo ter mais influência sobre como a nova ordem global se desenvolve".

Em entrevista a um canal de televisão indiano em abril, o embaixador informou que 19 países pretendiam ingressar na associação econômico-comercial, dos quais 13 já haviam se candidatado. (com Sputnik Brasil)